Artur Luiz Andrade   |   26/09/2011 11:16

Trend passa a vender lazer. Conheça o projeto

A Trend Operadora, apesar do nome, até pouco tempo não vendia aéreo, não tinha um departamento de viagens a lazer. Seu foco era o corporativo, especialmente a hotelaria.

A Trend Operadora, apesar do nome, até pouco tempo não vendia aéreo, não tinha um departamento de viagens a lazer. Seu foco era o corporativo, especialmente a hotelaria. Um negócio que a levou a ser uma das grandes potências do turismo brasileiro, com um faturamento de mais de R$ 1 bilhão por ano. Poucas empresas chegaram a esse patamar no País, a saber as companhias aéreas, alguns consolidadores e a rainha do lazer, a CVC, com seus quase R$ 4 bilhões em vendas anuais.

Com o lançamento hoje de seu departamento de Lazer (e já virou lenda no trade a quantidade de contratações a peso de ouro que a empresa fez para esse novo projeto), a Trend espera que o novo negócio represente em 2012 25% das vendas da empresa e em 2015 seja equivalente às vendas da Trend no corporativo atualmente. A projeção é do presidente da Trend Operadora, Luís Paulo Luppa, também sócio dos fundadores da empresa, Washington Preti e José dos Anjos.
Luppa assume que a Trend não tinha o DNA de lazer, daí a necessidade de contratações. Mas o departamento começou a ser montado há dois anos, bem antes dessa leva de novos funcionários.

A equipe de TI e os diretores da Trend analisaram sistemas de operadoras no Brasil e no mundo e o resultado é um sistema que oferecerá pacotes dinâmicos, em que o agente de viagens monta o pacote para seu passageiro, e os pacotes fechados, que, segundo Luppa, mesmo sendo pré-montados, podem ser alterados pelo agente, de acordo com a necessidade e o gosto de seus clientes.

O Portal PANROTAS entrevistou Luppa sobre o novo departamento e o que ele vai significar para a Trend. Veja a seguir.

PORTAL PANROTAS — Que tipo de produto estará disponível no sistema de venda de lazer da Trend?
LUÍS PAULO LUPPA — São 23 milhões de opções de pacotes on-line, com pesquisa, reserva e finalização da compra. O aéreo é o começo de qualquer viagem e a Trend não vendia aéreo. Com a crescente demanda dos agentes pedindo que nós oferecêssemos mais produtos, resolvemos partir para soluções completas, culminando com a parceria com as consolidadoras Rextur e Advance para o corporativo, e com o lançamento do sistema de lazer com hotéis, ingressos, carro, passeios e também o aéreo, que negociamos com todas as empresas aéreas. Uma das novidades são os ingressos, para a Disney, para shows... Por exemplo, o da Britney Spears no Brasil. Só a Trend e uma outra operadora terão esse show.

PP — A Trend negociou com todas as aéreas?
LUPPA — Sim. Apenas a Delta e a American Airlines não sairão de negociação direta e sim via nosso acordo com a Rextur e a Advance. Trabalhamos com o sistema de compra de bloqueios de assento, para garantir o produto aos agentes de viagens.

SÓ PELAS AGÊNCIAS
PP — A Trend continuará vendendo apenas via agentes de viagens?
LUPPA — Sim. Essa é nossa estratégia.Podíamos partir para a venda direta com o que investimos nesse projeto, mas somos fieis ao nosso DNA. Agora, o agente de viagens tem de ver que cada vez que ele compra de uma operadora que tem loja ou vende direto pelo site, ele está alimentando um leão, que um dia vai lhe devorar.

PP — Quem comanda o novo projeto?
LUPPA — O grande mentor e condutor do projeto foi o diretor Roberto Araújo. Quem comanda a área operacional é o Adriano Gomes, ex-Tam Viagens, e em vendas o diretor Alexandre Camargo.

PP — O Lazer da Trend começa com produtos para todo o mundo?
LUPPA — Não. Teremos Brasil, América do Sul e América do Norte, Caribe e Europa. Ásia ficou para uma segunda etapa. Tudo dividido em mais de 20 temas no sistema.

DISPUTA COM A CVC
PP — O objetivo é brigar diretamente com a CVC, que é a líder do lazer no Brasil?
LUPPA — Não. Não queremos ser a CVC ou a Tam Viagens. Não vamos vender diretamente ao público. Não vamos etr lojas. Também teremos produtos diferenciados. Não vou oferecer o mesmo produto que a CVC vende um milhão por ano. São estratégias diferentes. Vamos continuar investindo nos agentes, não queremos que ele morra. Queremos agentes capacitados, treinados, com tecnologia. E a Trend vem investindo muito nisso. Nosso sistema foi desenhado para que o agente não se preocupe em vender e sim em prestar um bom serviço a seu cliente. Teremos produtos e preços competitivo, mas também produtos diferenciados com preços maiores. Tudo no sistema. O agente só terá de se preocupar em atender bem seu cliente, lhe dar mais atenção, enfim, com o serviço.

PP — Mais à frente há possibilidade de fretamentos?
LUPPA — Sim, mas iniciamos com os bloqueios.

CONTRATAÇÕES MILIONÁRIAS
PP — A quantidade de contratações para o departamento e, dizem, a peso de ouro deu o que falar e especular no mercado...
LUPPA — Tínhamos budget para isso. O diferencial da Trend é que em vez dos sócios comprarem jatinho, lancha ou carro de luxo, nós investimentos na empresa nos últimos anos. Pois temos certeza dos resultados. Mas nós da Trend investimos muito nos funcionários sim. Nosso departamento de RH foi transformado em Engenharia Humana. Remuneramos muito bem e investimos nos funcionários. Apposto que quem critica essas contratações não sabe fazer conta. Temos hoje um time muito redondo.

PP — Cabe mais gente?
LUPPA — Cabe. Ainda essa semana vamos anunciar outra contratação.

CONSOLIDADORAS
PP — A parceria com a Advance e a Rextur entra no lazer? Até onde pode ir esse acordo?
LUPPA — Essa parceria é para o corporativo, que também está tendo mudanças. Mas é uma parceria que tenho certeza de que vai muito longe. Vem coisa grande por aí.

CORPORATIVO
PP — Que mudanças vão acontecer no corporativo?
LUPPA — A partir de 1º de outubro, ao entrarem em nosso site os agentes de viagens terão duas opções: corporativo e lazer. O Lazer é um sistema todo novo e no corporativo mudamos o atendimento, criando o Five – Força Interna de Vendas. Agora o atendimento é por células, que competem entre si por eficiência. Trouxemos a Mônica Queiroz de Recife para gerenciar esse novo departamento, pois ela é pit-bull. Todos os atendentes acompanham sua performance por meio de um monitor no departamento e o sistema é que distribui as demandas , que podem ser via telefone, e-mail, chat... Percebemos também que a forma de atender do lazer, mais explicada, com mais detalhes, cabe também no corporativo e incorporamos algumas características. Queremos que o agente off-line também perceba a melhoria no corporativo.

Saiba mais no www.trendoperadora.com.br.

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