Movida

Danilo Teixeira Alves   |   04/03/2015 12:41

Costa Brava reúne clientes para discutir crise hídrica

A Costa Brava Turismo promoveu na manhã de hoje a palestra “Água: Ponta do Iceberg de um Modelo Inviável de Produção e Consumo”, ministrada por Héllio Mattar, diretor presidente do Instituto Akatu, uma organização não governamental sem fins lucrativos que trabalha pela conscientização e mobilização

PANROTAS / Emerson Souza
No centro, o diretor presidente do Instituto Akatu, Hélio Mattar, com a família Schartzmann: Carlos, Rubens, Juliana e Mauro
No centro, o diretor presidente do Instituto Akatu, Hélio Mattar, com a família Schartzmann: Carlos, Rubens, Juliana e Mauro
A Costa Brava Turismo promoveu na manhã de hoje a palestra “Água: Ponta do Iceberg de um Modelo Inviável de Produção e Consumo”, ministrada pelo diretor presidente do Instituto Akatu, Hélio Mattar. O profissional faz parte de uma organização não governamental sem fins lucrativos que trabalha pela conscientização e mobilização da sociedade para o consumo consciente. O evento, que reuniu cerca de 70 clientes da agência no São Paulo WTC Hotel, contou com o apoio do empreendimento hoteleiro e da R1 Soluções Audivisuais.

Mattar propôs uma discussão que expôs a insustentabilidade do modelo de produção de consumo, que tem como representação a crise hídrica, sobretudo no Estado de São Paulo, uma das regiões mais afetadas do País com a escassez de chuvas. A conversa entre o palestrante e os convidados também teve como objetivo propor a identificação de uma nova forma de interação e ação de consumidores, empresas e governo na busca de soluções integradas para crises de recursos naturais, que devem ser cada vez mais frequentes.

“A água é um elemento vital para todos nós. É também um recurso renovável e finito. Não temos a capacidade de criar água. O que tem de volume no mundo inteiro é o que nós temos e isso não vai mudar. Por este motivo que o consumo precisa ser cada vez mais consciente e cauteloso, pois a água pode acabar”, disse Hélio. De toda a água que existe no planeta, 97,5% é salgada. Dos 2,5% que é doce, apenas 1% está disponível para consumo.

De acordo com o diretor presidente do Instituto Akatu, as seis principais causas da crise hídrica são aquecimento global, seca, indústria, distribuição, agronegócio e desperdício doméstico. “Exemplificando esses motivos podemos dizer que o clima é imprevisível, não temos como prever quando vai chover; a diminuição das chuvas ocasionou uma brusca queda no nível dos reservatórios; a indústria em geral usa grande parte da água disponível para consumo para produzir o que consumimos; os métodos de irrigação são inadequados e, é claro, o desperdício domiciliar é brutal”, garantiu.

“Se uma família de quatro pessoas diminuir o tempo de banho em apenas cinco minutos, economiza uma conta de água inteira em apenas seis meses. Se ela fechar a torneira para escovar os dentes durante toda a sua vida, economizará o equivalente a três piscinas olímpicas cheias de água”, exemplificou. “Enquanto o nível de desperdício de água é de 3% no Japão e 7% na Alemanha, a taxa no Brasil é de 30%. Precisamos urgentemente mudar essa percepção de abundância”, completou.

AÇÕES SUSTENTÁVEIS
Como resultado da implantação de uma cultura de sustentabilidade, auxiliada pelo Instituto Akatu, a Costa Brava Turismo pratica ações como coleta seletiva, reutilização de papel, substituição de copos descartáveis por canecas, incentivo a carona solidária, home office para colaboradores selecionados, envio de relatórios e faturas por e-mail, utilização de produtos eletrônicos com o Selo Procel, entre outras. “Nós já implantamos a sustentabilidade no DNA da empresa e dos nossos colaboradores. O turismo não é um setor que se engaja nesse tema, com algumas exceções. E justamente é a indústria que deveria dar o maior exemplo”, afirmou o presidente da Costa Brava, Mauro Schartzmann. “Apoiamos esse evento porque acreditamos na importância da conscientização e da busca por novos modelos que agreguem melhor planejamento e gestão sustentável da água”, concluiu o executivo.

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