Da Redação   |   03/05/2016 09:28

A classe C continua viajando? Agências do RJ opinam

Por meio da secretaria de Turismo da cidade, a prefeitura organizou a Feira Municipal de Turismo entre os dias 14 e 16 de abril. 

Diego Verticchio
A secretária de Turismo de Nilópolis, Marcia D'Anunciação

Estimular viagens para a classe C. Os menos abastados que, segundo definição da Fundação Getúlio Vargas (FGV), têm renda mensal entre R$ 1.064 e R$ 4.591, ganharam no Rio de Janeiro, exatamente em Nilópolis, a oportunidade de participar da primeira feira de Turismo da região.

Por meio da secretaria de Turismo da cidade, a prefeitura organizou a Feira Municipal de Turismo entre os dias 14 e 16 de abril. Participaram do evento as cinco agências de viagens da cidade: Abreu, Beija-Flor Viagens, Charneca Viagens, CVC e Liana Tour.

De acordo com a secretária da pasta, Márcia D’Anunciação, a feira foi proposta para desmistificar a ideia que a classe C não pode viajar, mesmo em tempos de crise.

“[Os moradores] por muitas vezes ficam melindrados de entrar em uma agência de viagens por achar que os pacotes são caros ou que não teriam dinheiro para honrar uma eventual compra, mas aqui temos moradores com recursos e por isso resolvemos trazer para nossa rua principal todas as agências de viagens”, analisou Márcia.

Após visitar aos corredores da feira, ficou claro que os brasileiros têm um certo “fascínio” em viajar para o Beto Carrero World, Nordeste do País. E até mesmo se aventuram esporadicamente pelo Exterior.

Com unidade própria em Nilópolis há cerca de seis meses, a CVC, comandada no Rio de Janeiro pelo diretor regional de Vendas e Expansão, Adriano Gomes, destacou a importância da região para as vendas da operadora. “Os moradores veem a real possibilidade de viajar, descobrem o quão acessível é arrumar as malas e sair alguns dias da rotina”, refletiu.

Agência pioneira na região, a Charneca Viagens, de Felipe Charneca, encontrou na fidelização de seus passageiros a oportunidade de vender pacotes internacionais. A Disney, claro, é o destino número um da cliente.

“Na nossa agência, muitos passageiros entram querendo ir para a Disney, mas ficam assustados com os preços. Para não perder o cliente, oferecemos como contrapartida a ‘Disney Brasileira’ e aí conseguimos concluir a compra”, finalizou o profissional.

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