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Felippe Constancio   |   29/08/2016 16:04

GBTA Rio: menor tarifa entra em xeque na nova geração

O Simpósio de Viagens GBTA Energy, Resources and Marine 2016 da GBTA Rio que acontece no Hotel Windsor Marapendi, na Barra da Tijuca, nesta segunda-feira (29), entrou em seu segundo debate com o gestor de viagens da Philips, Fernão Loureiro, como mediador de uma conversa que incluiu o


Marluce Balbino
O presidente do Conselho da Abracorp, Rubens Schwartzmann, e o diretor de Vendas da United para América Latina e Caribe, Alex Savic

O Simpósio de Viagens Energy, Resources and Marine 2016 da GBTA Rio que acontece no Hotel Windsor Marapendi, na Barra da Tijuca, no Rio, nesta segunda-feira (29), entrou em seu segundo debate com o gestor de viagens da Philips, Fernão Loureiro, como mediador de uma conversa que incluiu o presidente do conselho da Abracorp, Rubens Schwartzmann, e o diretor de Vendas da United para América Latina e Caribe, Alex Savic.

Entre os principais desafios dos gestores no relacionamento com linhas aéreas, Fernão Loureiro, que é blogueiro do PANROTAS e membro do TMG, citou a limitada "margem de manobra" dos clientes diante das aéreas. "As companhias internacionais tomam as decisões em suas matrizes, com quem temos pouco ou nenhum contato nos escalões mais altos. As domésticas têm pouca interlocução conosco nos níveis acima dos executivos de Contas."

O ponto que mais chamou a atenção dos participantes, contudo, foi aquele referente às políticas de viagens focadas na tarifa de menor custo e voos com conexão como mandatórios cada vez com mais frequência.

"As aéreas ficam na saia justa", pontuou o mediador. "Ou ela faz um acordo comercial sabendo que não há exclusividade - já que essa estratégia de fornecedores preferenciais vem perdendo força - , ou ela não faz acordo comercial e corre o risco de perder share, já que concorrerá com tarifas descontadas de seus clientes."

ONDE ESTÁ O CUSTO
O consenso é de que a busca pela menor tarifa deve ser colocada em perspectiva com outros aspectos da experiência do viajante para então corresponder à melhor tarifa.

"O que é importante para uma corporação ao assinar um contrato com uma companhias aérea? Segurança, logística (horários, proximidade dos locais de negócios), conforto (cuidados com bagagens e investimento em tecnologia para o usuário) e o custo geral das viagens", lembrou Loureiro.


Marluce Balbino
Fernão Loureiro, gestor de viagens da Philips

Sobre os custos gerais, Schwartzmann contrapôs a tradição da busca pela menor tarifa à tendência de algumas empresas buscarem a melhor tarifa também ao viajante.

"A hora do executivo vale mais do que qualquer economia pequena com o aéreo. Por isso, também é visto o oposto: empresas preocupadas com o bem-estar do colaborador, pois esse negócio de que a pessoa ama a empresa, a essa nova geração, não funciona. Ele (colaborador) fica na empresa até o momento que está legal. A empresa precisa avaliar se quer economizar na viagem ou que o funcionário vá à reunião."

Savic, da United, compartilha da visão de que há uma parcela de empresas percebendo o impacto da busca pela melhor tarifa em vez da menor. "Acredito que as companhias estão mudando porque estão vendo que o investimento está baseado não só nos custos, mas no valor do tempo, que é importante para o novo viajante". Para ele, os millennials são cientes das opções de conforto e praticidade que as tecnologias móveis têm trazido."

Ainda falando do fator "conforto", o diretor da United disse que a empresa está atenta ao corporativo na América Latina, a ponto de deslocar aeronaves a rotas importantes no desenvolvimento de negócios da região.

"A América Latina é de extrema importância. Globalmente, você tem crescimento alto na Ásia e na América Latina. A maioria das linhas globais tem está atenta ao business travel do Brasil, do México e da Argentina", disse Savic, ressaltando que, uma vez quinto maior país em investimento estrangeiro, o Brasil é destino crescente tanto no presente quanto no futuro as viagens corporativas.

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