Rodrigo Vieira   |   25/03/2015 18:19

Faltam bons executivos no turismo? Líderes respondem

Grandes empresas brasileiras de turismo têm passado por uma dança das cadeiras nos últimos tempos no que diz respeito a seus líderes, e o último painel do 13º Fórum PANROTAS, em São Paulo, trouxe nomes diretamente envolvidos nessas trocas para discutir sobre o tema.

Grandes empresas brasileiras de turismo têm passado por uma dança das cadeiras nos últimos tempos no que diz respeito a seus líderes, e o último painel do 13º Fórum PANROTAS, em São Paulo, trouxe nomes diretamente envolvidos nessas trocas para discutir sobre o tema.

São eles: Ana Maria Berto, diretora-sócia da Orinter Tour & Travel, Dináurea Cheffins, VP de RH da Atlantica Hotels, Luciano Macagno, diretor da Delta no Brasil, e Luiz Eduardo Falco, presidente da CVC. O moderador foi Sérgio Averbach, presidente da Korn/Ferry na América do Sul, que, de primeira, levantou a questão: faltam executivos de ponta no turismo?

A resposta de Dináurea foi que não falta talento no mercado brasileiro. “O que falta é um mapeamento desses profissionais por parte das empresas. A substituição de líderes pode estar um pouco irregular no País, mas essas irregularidades podem estar na empresa, não nos talentos em si.”

Macagno concordou. “Não adianta só sair pegando líderes com case de sucesso de outras empresas”, avaliou. “É outra realidade, talvez esse perfil possa não se encaixar na função que você precise para sua empresa.”

Para Ana Maria, determinação, comprometimento, credibilidade e uma pitada de sorte fazem de um profissional um bom líder. “Tive sorte, o que foi um fator muito determinante na minha vida”, afirmou. “Minha sorte foi de formar equipes talentosas e manter os melhores profissionais ao meu lado através do tempo, proporcionando sucesso em todas as empresas que passei.”

Falco concordou com Ana Maria e fez questão de exaltar sua opinião sobre união da equipe. “O segredo do sucesso de um líder na indústria de serviços é metade ser temido e, na outra metade, querido”, explicou. “Um time tem de ter opinião diferente, mas sua ação tem de ser monolítica.”

FORMAR vs. CONTRATAR
Outro ponto de consenso entre os líderes do painel foi de que a formação interna de profissionais, na maioria dos casos, é bem mais eficiente para a empresa. “Em alguns meses de capacitação, ele terá incorporado a política corporativa e terá bem mais chance de estar engajado com o processo”, explicou Dináurea. “Esse processo pode ser um pouco mais caro, mas em longo prazo, será bem melhor sucedido.”

Concordando com a questão de que o engajamento é crucial para o sucesso de um líder, Ana Maria ainda acrescentou a importância de ficar de olho no mercado. “Temos de dar valor à equipe interna, aos nossos propósitos, nossas possibilidades, mas sem perder a visão do concorrente”, afirmou. “Não pode ignorá-lo, tampouco achar que ele é o máximo, mas mantê-lo na linha de visão.”

Acompanhe a repercussão do Fórum PANROTAS nas redes sociais por meio da hashtag #forumpanrotas2015.

O Fórum PANROTAS tem o apoio do Ministério do Turismo, patrocínio do Sebrae, Chile, CVC, Delta Air Lines, Gol, Tourism Australia, GJP Hotels & Resorts, Pernambuco, R1 Soluções Áudio Visuais, Sabre, Tap, Accor, Best Western International, Esferatur, Gapnet, GTA, Localiza, Reserve, Alatur JTB, Dallas-Fort Worth International Airport e Greater Miami and the Beaches. O destino patrono é a Bahia. Assessoria de imprensa pela B4T, interpretação pela Vice Versa e transfers realizados pela Cep Transportes. O evento terá compensação de carbono realizada com apoio da Tour House.

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