Victor Fernandes   |   16/08/2017 08:35

Hotel suíço com placa antissemita é criticado; entenda

O Aparthaus Paradies, pequeno hotel nos Alpes Suíços, está sendo criticado por uma placa considerada antissemita. Esta solicitava aos visitantes judeus que tomassem banho antes de entrarem na piscina.

O Aparthaus Paradies, pequeno hotel nos Alpes Suíços, está sendo criticado por uma placa considerada antissemita. Esta solicitava, em língua inglesa, aos visitantes judeus que tomassem banho antes de entrarem na piscina.

The Times of Israel/Twitter
“Aos nossos visitantes judeus: por favor, tomem banho antes de irem nadar (na piscina) e até mesmo após. Se você não respeitar as regras, seremos forçados a fechar a piscina para você. Obrigado pela compreensão”, diz a sinalização.

O embaixador de Israel na Suiça, Jacob Keidar, exigiu uma “condenação formal” do governo do país. O Ministério de Relações Exteriores da Suíça disse que “condena o racismo, o antissemitismo e a discriminação sob qualquer forma".

RESPOSTA
O departamento de Turismo suíço demonstrou frustração sobre o “infeliz” acidente. Afirmaram que o hotel pediu desculpas e retirou a sinalização.
A gerente do estabelecimento, Ruth Thomann, relatou à mídia que sua “escolha de palavras foi errada”, e insistiu no fato de não ser preconceituosa em relação a judeus.

Em entrevista ao Blick, declarou que a sinalização foi decorrência de reclamações de outros visitantes de que os judeus não utilizavam a ducha antes de entrarem na piscina.

Ruth reconheceu também ter sido ingênua ao direcionar o recado a um grupo específico e não a todos clientes.

CONSEQUÊNCIAS
O hotel em Arosa, nos Alpes Suíços, recebe muitos clientes judeus há anos. É um destino popular para eles. Em especial, britânicos, estadunidenses e israelenses; de acordo com o departamento suíço de Turismo.

O Centro Simon Wiesenthal, grupo estadunidense que defende os direitos do povo judeu e tenta preservar a memória do Holocausto, pediu o "fechamento do hotel do ódio e sanções a sua administração” à ministra suíça da Justiça, Simonetta Sommaruga.

Também foi solicitado que o hotel não esteja mais na relação do site de reservas Booking.com e que faça parte da "lista negra" da comunidade judaica.


*Fonte: DW e O Globo

conteúdo original: http://bit.ly/2uGD5BW e https://glo.bo/2vBkupT

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