Renato Machado   |   23/01/2018 14:00

HNA pretende vender suas ações na NH Hotels; entenda

O grupo de investimentos chinês HNA está em busca de compradores para a fatia que possui da rede NH Hotels. Uma relação um tanto quanto desgastada e a interferência do governo norte-americano em investimentos no país podem ser os fatores para a perda de inter

Divulgação/NH Hoteles
NH Hesperia Lanzarote, na Espanha, uma das 478 propriedades da rede
NH Hesperia Lanzarote, na Espanha, uma das 478 propriedades da rede
O grupo de investimentos chinês HNA está em busca de compradores para a fatia que possui da rede NH Hotels. Uma relação um tanto quanto desgastada e a interferência do governo norte-americano em investimentos no país podem ser os fatores para a perda de interesse dos asiáticos no grupo espanhol.

Os chineses detêm 29,5% de participação no grupo, o que na cotação atual corresponde a aproximadamente 630 milhões de euros. Segundo a imprensa internacional, os chineses já se movimentam em busca de compradores e teriam contratos com Benedetto, Gartland & Company e JP Morgan para buscar possíveis interessados no negócio.

Recentemente, o grupo Barceló se aproximou da NH Hotels com conversas sobre uma possível fusão, com a proposta de compra de 60% da NH por 2,2 bilhões de euros. O conselho da rede hoteleira recusou a oferta alegando que “o valor da proposta não proporcionava autonomia para os acionistas”.

A relação entre o grupo HNA e a NH Hotels não é das melhores. Em 2017, representantes do conglomerado chinês foram expulsos do conselho administrativo da rede após a aquisição dos rivais hoteleiros Carlson-Rezidor. À época, foi alegado conflito de interesses ao ser tomada tal decisão.

Para piorar, recentemente foi divulgado que o governo dos Estados Unidos não aprovaria qualquer investimento da HNA em solo norte-americano até que os chineses esclarecessem quem são os acionistas por trás da atuação do grupo de investimentos.

Atuante no mercado de Turismo, o HNA também tem fatia substancial no grupo Hilton. Na aviação, são mais de dez companhias aéreas com participação dos chineses – com destaque no mercado brasileiro para os 24% da Azul e os 2,5% da Tap.


*Fonte: Breaking Travel News

conteúdo original: http://bit.ly/2n0BYXX

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