Janize Colaço   |   21/10/2016 12:29

Itália vive "caos" com greve geral; serviços são paralisados

Roma, capital italiana, iniciou esta sexta-feira de maneira caótica devido a à greve geral de funcionários públicos, incluindo os do setor de transporte. Os serviços das linhas A e B do metrô, bem como a estação ferroviária Termini,

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Roma, capital italiana, iniciou esta sexta-feira de maneira caótica devido a à greve geral de funcionários públicos, incluindo os do setor de transporte. Os serviços das linhas A e B do metrô, bem como a estação ferroviária Termini, estão paralisados ou com funcionamento parcialmente interrompidos. Os ônibus também operam com dificuldades no centro urbano e nas zonas periféricas, e a Alitalia cancelou alguns de seus voos.

Além do transporte, escolas e repartições públicas também estão temporariamente estão com a rotina interrompida ou funcionando parcialmente. O objetivo das paralisações é "protestar contra as políticas econômicas do governo" do primeiro-ministro Matteo Renzi "ditadas pela União Europeia" e contra o referendo constitucional, afirma a categoria.

Caso o referendo seja aprovado, alguns pontos da Constituição italiana serão alterados, como por exemplo, o fim do bicameralismo paritário, que deixará apenas a Câmara dos Deputados com a função de aprovar leis, o que tornará o Senado apenas um órgão consultivo. Além disso, outra mudança seria a abolição de províncias na Itália e a redução da burocracia do cidadão ter que pedir permissão em quatro instâncias administrativas para certos assuntos.

A votação está prevista para o dia 4 de dezembro e, com a greve geral iniciada hoje, os sindicatos italianos preveem fazer novas manifestações amanhã (22), junto com o movimento "Coordenação Social do 'Não' ao Referendo", que convocaram o "No Renzi Day". "Será a primeira manifestação nacional pelo 'não' organizada por uma ampla rede de forças sociais, sindicais e políticas", afirmou a União Sindical de Bases da Itália.

ALÉM DE ROMA
Em Turim, a greve foi aderida por cerca de 60% dos funcionários do serviço de transporte, porém o metrô funciona normalmente. Já em Nápoles, apenas um agente do metrô aderiu a grave. Entre os trabalhadores de ônibus, a adesão é de 22%.


*Fonte: Ansa

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