Diego Verticchio   |   29/11/2014 17:11

País vive cenário de crise econômica, alerta economista

O Brasil vive nos últimos anos um momento de incerteza em relação a economia, fato este que fez com que a presidente reeleita Dilma Rousseff anunciasse novos nomes para cuidar da economia do País

MACEIÓ - O Brasil vive nos últimos anos um momento de incerteza em relação a economia, fato este que fez com que a presidente reeleita Dilma Rousseff anunciasse novos nomes para cuidar da economia do País. Embora a mudança já tenha sido anunciada, o panorama para os próximos anos continua sendo negativo, segundo o economista sócio da consultoria Pezco Microanalysis e professor da ESPM, Frederico Turolla (foto).

“Não estamos numa fase boa em relação à economia”, afirma. “A estratégia adotada pelo País não foi muito boa. Tivemos um período de crescimento que infelizmente não conseguiu se repetir”, complementou.

Para o economista, no entanto, a escolha da nova equipe econômica adiou uma nova crise e evitou mais depreciação cambial no curto prazo. “Essa escolha protegeu nossa moeda por alguns meses e não teremos uma crise maior até o final do ano, como explosão da taxa de câmbio”, aposta. Ele acredita que os próximos três meses (“período que dura em média esta lua de mel”) não deverão ter mudanças cambiais, mas a partir de março as coisas podem mudar. “Pode aumentar ou rebaixar, vai depender das estratégias a serem adotadas”, complementou dizendo que é possível que o dólar chegue a US$2,80 num futuro próximo, caso nenhuma medida seja adotada.

Falando do cenário global, o economista explicou que fatores externos também impactam no desempenho da economia nacional, como a recuperação cambial dos Estados Unidos, a desaceleração da China e até mesmo o fechamento da Argentina.

Década perdida
Falando em relação ao turismo, o economista, que também atua como consultor, falou que o País perdeu uma oportunidade única de desenvolver o sistema aeroportuário, que poderia ter sido feito antes da Copa do Mundo. “Tivemos uma década perdida no setor aeroportuário. Foi impressionante o que vivemos, porque enquanto o País recebia mais voos e rotas, menos era investido na infraestrutura”, explicou. “Por sorte este cenário está mudando”, complementou.

2015
O economista amenizou as expectativas para o futuro lembrando que a tendência é que as passagens aéreas continuem com “melhores preços”, enquanto que os hotéis deverão ter preços elevados. “Em 2015 é preciso sabedoria para prosperar. Eu termino a apresentação desejando para 2015 um feliz 2016”, brincou.

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