Karina Cedeño   |   06/05/2016 17:49

Novo governo melhora confiança do consumidor

A perspectiva de um novo cenário político está influenciando de forma positiva a confiança do consumidor, de acordo com dados do Índice de Confiança do Consumidor (ICC) deste mês, calculado pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (Fecomercio-SP). O ICC deste mê

A perspectiva de um novo cenário político está influenciando de forma positiva a confiança do consumidor, de acordo com dados do Índice de Confiança do Consumidor (ICC) deste mês, calculado pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (Fecomercio-SP).

O índice teve alta de 3,6% em relação ao mês passado, atingindo 90,9 pontos (em escala que varia de zero – pessimismo total - a 200 pontos – otimismo total). A alta foi motivada pelo aumento 7,5% no componente que mede as Expectativas do Consumidor (IEC), o qual chegou aos 119,9 pontos, maior valor registrado desde novembro de 2014 - quando os resultados foram afetados pela disputa do segundo turno da eleição presidencial. Na comparação com maio do ano passado, o IEC apontou elevação de 21,4%, maior alta anual desde abril de 2010.

Outro componente do indicador, que mede a avaliação dos consumidores em relação às condições econômicas atuais (ICEA), atingiu 47,4 pontos este mês, o que significa uma queda de 8,8% na comparação com o último mês, e de 41,8% ante o mesmo mês do ano passado. No indicador calculado a partir das entrevistas realizadas no final de abril e divulgado agora em maio, houve alta de 7,5% na avaliação das expectativas, o que puxou para cima o ICC.

Não por acaso, essa percepção se acentuou após a alta probabilidade de troca de comando no governo, já que, segundo economistas da Fecomercio-SP, o consumidor compreende que a recuperação da economia passa, necessariamente, por uma reorganização política capaz de aglutinar forças, conquistar governabilidade e, consequentemente, propor e aprovar medidas e reformas da economia.

Apesar das boas expectativas, porém, a situação financeira dos consumidores ainda está sendo negativamente afetada pelos juros altos, pela queda da renda e pelo aumento do desemprego.

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