Roberta Queiroz   |   15/06/2016 17:59

Alemanha aposta em cidades pequenas para alavancar

Berlim, Munique, Frankfurt e Hamburgo já não são os únicas destinos procuradas pelo brasileiro que pretende desembarcar na Alemanha. O país prevê queda de 5% no número de viajantes vindos do Brasil ao fim deste ano ao mesmo tempo em que registra o cre


Jhonatan Soares
Margaret Grantham é diretora do Turismo da Alemanha no Brasil

Berlim, Munique, Frankfurt e Hamburgo já não são os únicos destinos procurados pelo brasileiro que pretende desembarcar na Alemanha. O país prevê queda de 5% no número de viajantes vindos do Brasil ao fim deste ano, ao mesmo tempo em que registra o crescimento do interesse por cidades secundárias.

Segundo a diretora do Turismo da Alemanha no Brasil, Margaret Grantham, o brasileiro está combinando os destinos clássicos às cidades menores. “O número de turistas brasileiros em Rotemburgo cresceu 20% em março deste ano. Já Nuremberg conseguiu 6% de incremento entre janeiro e março”, exemplificou.

O bom índice dos destinos, no entanto, não foi capaz de impedir a retração, que em janeiro chegou a 30%. “O viajante não estava mais reservando pacotes e passagens com 60 dias de antecedência como antes por conta da instabilidade política a econômica”, esclareceu. “No primeiro sinal de um caminho [afastamento de Dilma Rousseff e ascensão de Michel Temer], as reservas começaram a aumentar. Mês passado a queda reduziu para 10%”, argumentou.


Jhonatan Soares
Margaret Grantham ao lado do representante de Munique no Brasil, Giovanni Lenard

Margaret lembrou que o ano de 2015 foi “excepcionalmente” bom, com 800 mil pernoites assinadas por brasileiros. Um cenário que, provavelmente, só ira se repetir no segundo semestre de 2017. O mercado de luxo é outra aposta do Turismo da Alemanha para alavancar. “São pessoas que não deixam de viajar e buscam experiências encontradas em todo o território alemão”, contou.

Por ora, o órgão não está desenvolvendo campanhas para o trade. A decisão é, também, fruto do fenômeno da internet. “A maioria das operadoras oferece somente o básico e o turista já sabe que a internet pode oferecer muito mais”, afirmou. Margaret demostrou tristeza com o atual panorama, mas ressaltou que “falta reciclagem” nos roteiros.

TURISMO CULTURAL
A executiva aproveitou a oportunidade para revelar o tema das campanhas globais do Turismo da Alemanha para os próximos quatro anos. São elas: os 500 anos da reforma protestante de Martinho Lutero (2017), a Alemanha Culinária (2018), os 100 Anos de Bauhaus (2019) e os 250 anos de Ludwig van Beethoven (2020).

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