Karina Cedeño   |   22/08/2016 19:19

PIB poderá ser substituído por novo indicador; confira

Em uma era onde as mudanças acontecem de forma cada vez mais rápida no mundo, os indicadores econômicos acabam tendo dificuldades para acompanhar o ritmo acelerado da geração de dados, que é o que acontece com o Produto Interno Bruto (PIB). Por ser um indica


Em uma era em que mudanças acontecem de forma cada vez mais rápida no mundo, os indicadores econômicos acabam tendo dificuldades para acompanhar o ritmo acelerado da geração de dados, e é o que acontece com o Produto Interno Bruto (PIB).

Por ser um indicador agrupado que ignora os efeitos da distribuição, o PIB acaba mascarando fatos como o aumento da desigualdade que provocou o surgimento de políticos contrários ao establishment, como Donald Trump, e a reação que contribuiu para o Brexit, por exemplo. Da mesma forma, pesquisas relacionadas à igualdade de renda, à mudança tecnológica e aos padrões de vida são campos não facilmente enxergados em medições do famoso indicador.

“O PIB é fácil de criticar, mas difícil de substituir. Se os governos estão administrando a economia com base nessa métrica, então é válido dizer que precisamos adotar um indicador mais abrangente”, afirmou o economista-chefe da S&P Global em Nova York, Paul Sheard, ao portal Exame.

Diante deste fato, pesquisadores investem em estudos para implementar um novo indicador econômico, e algumas empresas no mundo já criam suas próprias ferramentas de medição, como é o caso da indiana Ambit Capital, corretora de ações em Mumbai que criou um índice de consumo com base nas vendas de veículos e no uso de eletricidade, para medir com precisão os números oficiais de crescimento da Índia.

O que só comprova o crescente ceticismo em relação à consistência dos métodos do PIB, até mesmo para os setores mais tradicionais da economia.

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