Janize Colaço   |   12/09/2016 13:32

Dólar: governo prevê alta da moeda nos próximos anos

A cotação do dólar deverá voltar a subir nos próximos anos, de acordo com a estimativa do governo federal. A moeda norte-americana, que sofreu ao longo de 2016 uma desvalorização de até 18,2%, tem previsão de alta a partir do orç

A cotação do dólar deve voltar a subir nos próximos anos, de acordo com estimativa do governo federal. A moeda norte-americana, que sofreu ao longo de 2016 uma desvalorização de até 18,2%, tem previsão de alta a partir do orçamento do próximo ano.

Segundo o projeto orçamentário do governo, já encaminhado ao Congresso Nacional, o dólar poderá ter um valor médio entre R$ 3,43 e R$ 3,57 na média de 2018. Já em levantamento feito pelo Banco Central, que também prevê alta, o valor da moeda em 2018, 2019 e 2020, na média de cada ano, deverá avançar para R$ 3,50, R$ 3,65 e R$ 3,75, respectivamente.

Para o governo, o orçamento de 2017 também será afetado pelas altas das taxas de juros dos Estados Unidos. Em tal cenário, mais recursos poderão ser atraídos para os EUA, o que deverá parte dos recursos do Brasil – ou diminuir a entrada. Existe também a possibilidade de que o menor crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) da China possa diminuir as exportações brasileiras, o que também afeta a entrada de dólares, ligada às vendas externas, no País. A média da cotação do dólar atualmente é de R$ 3,20.

QUEDA DOS JUROS
Atualmente, os juros básicos, fixados pelo BC, estão em 14,25% ao ano – o maior nível alcançado desde 2006. O mercado financeiro, todavia, prevê para o final do ano que vem um índice de 11% e, em 2020, abaixo de 10%.

A liquidez elevada nos mercados internacionais também influencia na cotação do dólar no País. Para alguns especialistas, a tendência futura será de que a quantidade de dólar diminua no mercado. Além disso, sempre que a inflação do Brasil for mais maior de que de seus parceiros comerciais as projeções do câmbio apontam para a alta.

EXPORTADORES X TURISTAS
Com a taxa de câmbio favorecendo o dólar, os exportadores brasileiros serão beneficiados – uma vez que seus produtos e serviços podem ficar mais baratos no Exterior. No entanto, para quem importa ou faz viagens para fora do País, o custo também cresce.

Vale ressaltar, aliás, que a compra de dólar em espécie passa por uma tributação de 1,1% do Imposto Sobre Operações Financeiras (IOF). Já a tributação no cartão de crédito, atualmente, é de 6,38%. Portanto, os gastos com passagens aéreas, estadia e compra, feitos sobretudo com a moeda norte-americana, pesaram mais no bolso.

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