Janize Colaço   |   18/05/2017 15:28

Dólar em alta: mercado repercute denúncia contra Temer

A notícia de que o presidente Michel Temer avalizou para que o controlador da JBS, Joesly Batista, pagasse para manter o silêncio de Eduardo Cunha, ex-deputado e ex-presidente da Câmara, resultou em uma queda na bolsa.

Facebook/Michel Temer
A notícia de que o presidente Michel Temer teria dado o aval para o controlador da JBS, Joesley Batista agitou o mercado financeiro hoje
A notícia de que o presidente Michel Temer teria dado o aval para o controlador da JBS, Joesley Batista agitou o mercado financeiro hoje
Após uma acentuada crise política e econômica no País, e uma ligeira melhora nos indicativos com as medidas do atual governo, parece que não durou muito tempo a perspectiva positiva do mercado financeiro.

A notícia de que o presidente Michel Temer avalizou para que o controlador da JBS, Joesly Batista, pagasse para manter o silêncio de Eduardo Cunha, ex-deputado e ex-presidente da Câmara, resultou em uma queda na bolsa.

No início da manhã, a Ibovespa registrou uma queda de 10%, o que provocou um circuit breaker — isto é, quando um mecanismo paralisa as negociações por 30 minutos após uma queda ou alta de 10%. Embora não seja a primeira vez que isso aconteça, a última foi registrada durante a crise de 2008.

ALTA DO DÓLAR

A situação é delicada para os investidores — que previam a estabilidade do governo para alcançar as reformas propostas. Com uma alta superior a 9%, em que o dólar comercial chegou a R$ 3,93 — sendo que em algumas casas de câmbio o valor alcançou a marca de R$ 4.

IBOVESPA
Os investidores também apostam na redução da taxa Selic. Ainda durante a noite, empresas brasileiras sofreram quedas no exterior. Outra variação acentuada, até às 14h01, no horário de Brasília, foi em relação aos contratos de juros futuros, com vencimento para janeiro de 2018, que dispararam 107 pontos-base.

Até ontem, o mercado financeiro previa uma recuperação econômica no País, ainda que de maneira gradativa. A previsão de inflação também era relativamente boa, se comparada com resultados anteriores, o que permitia ao Banco Central fazer importantes reduções nas taxas de juros — o que incentivava o consumo.


*Fonte: Infomoney, Valor Econômico e Exame

conteúdo original: http://abr.ai/2q17G5Y

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