Artur Luiz Andrade   |   07/01/2010 20:59

Paulus fala ao PANROTAS: “é um orgulho ver o Carlyle interessado em nossa empresa, no Brasil”. Venda foi em 23/12

O presidente do Conselho de Administração da CVC e fundador da operadora, Guilherme Paulus, falou ao Portal PANROTAS sobre a venda de 63,6% de sua empresa, que foi anunciada hoje, mas concretizada em 23 de dezembro.

O presidente do Conselho de Administração da CVC e fundador da operadora, Guilherme Paulus, falou ao Portal PANROTAS sobre a venda de 63,6% de sua empresa, que foi anunciada hoje, mas concretizada em 23 de dezembro.

PORTAL PANROTAS — Por que vender a CVC?
GUILHERME PAULUS — Pela oportunidade. Já vínhamos conversando há anos com o Carlyle para a abertura de capital, mas devido à crise mundial, o projeto não andou. Não esperava que fosse a maioria das ações, mas o momento foi oportuno e eu continuo na presidência do Conselho da CVC. É um orgulho muito grande, para mim, para a equipe CVC, para o turismo brasileiro, ver uma empresa tão grande e importante, americana, tendo interesse em fazer esse investimento. É uma vitória de todos.

PP — Como disse o Valter Patriani, nada mudará no DNA da CVC. Você também tem essa certeza?
PAULUS — Absoluta. Era condição do Carlyle para comprar. Nosso DNA não muda, Valter está certo. Vamos crescer, diversificar produtos para atender às especificidades de cada mercado na América Latina, mas com a alma da CVC.

PP — E as demais empresas?
PAULUS — Vou continuar me dedicando a todas. À CVC, como presidente do conselho de uma empresa global e com metas a serem cumpridas. A hotelaria será um de meus grandes investimentos nos próximos anos, e a GJP vai crescer bastante. Continuo também com a Webjet, que não vou vender.

PP — Houve outros interessados em comprar a CVC?
PAULUS — Pelo menos outros três com possibilidades. Mas isso é bom para o Brasil. Agora eles virão atrás do segundo, do terceiro, do quarto. Abrimos a porta para outras operadoras e empresas de turismo terem sócios internacionais.

PP — Parar então, nem pensar?
PAULUS — Nem pensar. Não é vender, acabou. Vamos buscar mercados fortes em 2011 e 2012, ainda vou para Gramado, nas reuniões do MTur, nos eventos do trade. Estou com mais vitalidade ainda.

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