Movida

Artur Luiz Andrade   |   05/10/2015 17:47

Esforço da CVC será para compensar inter com doméstico

Para cada passageiro que desiste de uma viagem internacional, por causa do dólar alto e instável e da crise econômica, a CVC tem de vender um e meio no doméstico para compensar, por causa da diferença de tíquete.

PANROTAS / Emerson Souza
Luiz Eduardo Falco, presidente da CVC
Luiz Eduardo Falco, presidente da CVC
Para cada passageiro que desiste de uma viagem internacional, por causa do dólar alto e instável e da crise econômica, a CVC tem de vender um e meio no doméstico para compensar, por causa da diferença de tíquete. A conta é mais ou menos essa e no balanço divulgado hoje, a empresa mostra claramente como a queda de viagens internacionais atingiu a operadora.

A chegada do dólar americano ao patamar dos R$ 4 foi traumática, mas segundo o presidente da CVC, Luiz Eduardo Falco, a oscilação é pior. Ele acredita que haverá uma estabilização da moeda, mas não sabe precisar o quanto (e como) as vendas de inter voltarão e se o doméstico fechará o ano acima o suficiente de 2014 para compensar o buraco deixado pela fuga do internacional e pela demora na entrada da alta temporada. O dólar no terceiro trimestre de 2014 estava cotado a R$ 2,27 e este ano a R$ 3,54 (média do período). Com um cenário assim, o empate técnico no resultado de vendas é considerado bom. “Não bateu o desespero. Vamos esperar a alta temporada entrar e como te disse durante a Abav a expectativa é fechar o ano com crescimento. No acumulado do ano estamos com crescimento de vendas de 7,4%. Já as reservas embarcadas cresceram 19,9% no trimestre, o que é muito bom financeiramente, e 16% no ano”, explica o presidente da operadora.

Enquanto o internacional caiu cerca de 20% na CVC no terceiro trimestre e os cruzeiros também apresentam queda (o consumo a bordo é todo em dólar), o doméstico cresceu de 25% a 30%. No inter, apenas as viagens de luxo e os destinos exóticos cresceram, com as demais caindo, especialmente depois da chegada do dólar aos R$ 4.

Falco não acredita em aumento de preço no nacional, até porque a crise econômica afeta toda a população. Ele aposta em promoções, como as de crianças grátis em cerca de mil hotéis. “As famílias vão ajustar suas viagens, seus sonhos, mas não deixarão de viajar”, prevê Falco.

SEGURO
Sobre o seguro que a CVC lançará com exclusividade com o Bradesco, ele diz que é diferente do lançado pela Braztoa. “O da Braztoa é para quebra de empresas. Esse é para o consumidor garantir sua viagem caso ocorra algo com seu emprego, por exemplo”, explica Falco. A CVC, de acordo com ele, ainda não sabe se vai aderir ao Trip Protector da Braztoa. “Ainda estamos analisando os números”.

INTEGRAÇÃO
E Luiz Eduardo Falco falou ainda sobre a integração com a Rextur Advance e a Submarino Viagens. Segundo ele, já foram eliminados os cargos administrativos que se sobrepunham e a estrutura está ajustada nessa área.

Veja trecho de comunicado da CVC sobre o tema:
“A primeira medida, já implementada pela CVC, foi o redesenho de uma estrutura mais eficiente, que eliminou cargos coincidentes e sobrepostos, para dar maior agilidade a cada um dos três negócios, que continuam sendo administrados de forma separada. O foco agora, nesta segunda etapa, é fazer a sinergia dos negócios, visando gerar receitas adicionais além da venda de bilhete aéreo. Entrará em operação, nas próximas semanas, uma plataforma robusta, que permitirá que CVC, Submarino Viagens e Rextur comercializem o serviço de locação de carros, para viagens corporativas e de lazer, dentro e fora do Brasil. A CVC já faz uso da plataforma de carros, sendo que até o final deste mês, a novidade deve ser implementada na Submarino Viagens e Rextur”.

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