Serviço e fidelização fazem Nova Operadora crescer 500%

Tailândia, Camboja, Uzbequistão, Mianmar... Você, agente, dificilmente embarcaria um passageiro para destinos como esses se não tivesse o amparo de uma operadora tradicional, com décadas de mercado e pacotes bem definidos a um preço considerável. Entretanto, é uma caçula que tem se destacado pela venda desses países da Indochina e outros destinos exóticos, considerados alternativos. Nova Operadora, um nome que, segundo o diretor comercial, Fábio Depret, remete não à longevidade, mas à proposta inovadora da operadora do Grupo Forma.

“Só trabalhamos com o que não se encontra no mercado. Até temos Flórida, Buenos Aires e outros destinos convencionais, mas não na prateleira. Só temos aqui para não perdermos clientes especiais, mas não somos necessariamente competitivos neles”, explica Depret. “Nosso negócio é trabalhar com destinos em que dificilmente se viaja sozinho, lugares que causam curiosidade e até medo nas pessoas, e nosso papel é facilitar o embarque rumo ao desconhecido. Isso é feito com serviço. Nosso serviço não funciona só na teoria, ele é nosso ideal, e por isso a taxa de conversão e retorno de agentes é cada vez mais alta.”

Por esse motivo, a Nova Operadora mais do que dobrou seu número de profissionais este ano, de 14 para 30, a grande maioria para Operações, pois segundo Depret o setor comercial está bem estabilizado com a demanda atual. Para contratar na crise, enquanto a maioria está cortando custos, é porque algo deu muito certo em 2016 para a Nova Operadora. E deu. Na contramão do mercado, a empresa tem hoje um faturamento mensal cinco vezes maior do que tinha em janeiro de 2016.

“Para 2017 a expectativa é de crescer pelo menos 50% ante 2016, e esse é o mínimo aceitável que eu e o André [Pereira, diretor operacional] colocamos como meta”, afirmou Depret, confiante de que antes de dezembro de 2017 baterá essa meta. As apostas: roteiros singulares pelas Américas, África e Ásia, com foco em Indochina.





Esse otimismo é justificável. Este ano, além de nebuloso para o mercado, iniciou com incertezas para a Nova Operadora. “Foi apenas nosso segundo ano, e em janeiro de 2016 não tínhamos uma estratégia tão definida como temos agora. Estamos muito mais próximos do agente e com um conhecimento de mercado bem mais amplo”, garantiu Depret, revelando que os parceiros o chamaram de “maluco” na época da transição Forma-Nova Operadora. “Agora temos uma operação mais robusta e aprimoramos muito nossos treinamentos, que ensinam como vender nossos destinos na prática.”

Outra coisa que tem dado muito certo e vai ser digno de repeteco em 2017, na visão do empresário, será a intermediação entre agente de viagens e fornecedor. “Queremos vender o autêntico e o incrível, e dependemos do passageiro para dar essas percepções. Por isso trabalhamos muito forte para trazer o agente e o fornecedor para a nossa estrutura, em um time compactado. Quando vamos ao fornecedor não buscamos o que ele está acostumado a vender, mas levamos a demanda dos agentes, a nossa demanda, o que nós queremos vender.”

Para Depret, essa estratégia deu mais do que certo com Indochina, a maior bandeira da Nova Operadora esse ano. “É um produto que saiu basicamente do zero em termos de mercado brasileiro. Eu e o André fomos para lá e em um ano a Indochina tornou-se 15% do nosso faturamento, com potencial enorme de crescimento”, afirma, ressaltando Bancoc, Puket como os principais destinos. “Quem pagou caro para ir para lá vai ter certeza que também vale muito a pena conhecer Camboja, Mianmar, Vietnã, entre outros.”

Chegar em um hotel de parapente, fazer check-in montado em um elefante, andar de bike por destinos charmosos da Europa, participar da caça às trufas na Itália, são apenas algumas experiências incríveis que a Nova oferece nesses destinos.