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Renato Machado   |   16/08/2017 17:15

Tributos atrapalham criação de parques temáticos no Brasil

A CNC reuniu na última terça-feira, em Brasília, figuras centrais do mercado de parques temáticos do Brasil e do mundo para debater o desenvolvimento deste segmento no País. Com a presença do ministro do Turismo, Marx Beltrão, e o do presidente da As

Mtur/Roberto Castro
Greg Hale que, além de ser presidente da Iappa, é vice-presidente da Disney
Greg Hale que, além de ser presidente da Iappa, é vice-presidente da Disney
A CNC reuniu na última terça-feira, em Brasília, figuras centrais do mercado de parques temáticos do Brasil e do mundo para debater o desenvolvimento deste segmento no País. Com a presença do ministro do Turismo, Marx Beltrão, e o do presidente da Associação Mundial de Parques Turísticos (Iappa), Greg Hale, o evento apresentou demandas da indústria que, ignoradas, atrapalham a atração de grandes parques e produtos para o Brasil.

O potencial do País, segundo Hale, é evidente. “O Brasil tem condição de atrair os maiores parques do mundo”, afirmou, lembrando que “em número de visitantes nos parques da Flórida, os brasileiros só ficam atrás dos canadenses e dos ingleses”.

Uma das questões que mais afetam a vinda de empresas associadas da Iaapa, como Disney, Universal e Legoland, é a alta carga tributária. O presidente do Sistema Integrado de Parques e Atrações Turísticas (Sindepat), Alain Baldacci, afirma que a taxação excessiva “faz o equipamento chegar a custar mais que o dobro de outros mercados, o que impede os empresários de fazerem os investimentos que precisamos”. Uma montanha-russa, por exemplo, chega à casa dos R$ 40 milhões.

A frequente renovação de atrações é essencial neste mercado e foi lembrada pelo ministro Marx Beltrão. “O turista não volta se o parque não tiver nenhuma novidade. Por isso, esses ajustes são importantes, uma questão de sobrevivência”, definiu. “Apesar de o Brasil ser referência internacional, com nove dos dez melhores parques temáticos da América do Sul, segundo o próprio viajante, ainda temos um potencial enorme de crescimento com foco em atrair as principais marcas do mundo para o nosso País.”

Uma possível perda de arrecadação foi rechaçada por Baldacci, informando que as últimas importações de equipamentos foram feitas apenas em 2014. “Sem o tratamento tributário correto não é possível investir e os negócios ficam estagnados”, criticou.

De acordo com estudo realizado pela Sindepat, atendidas as demandas do setor, o segmento poderia investir R$ 1,9 bilhão e gerar 56 mil empregos nos próximos cinco anos. Hoje, os 18 estabelecimentos associados à entidade geram 11 mil empregos diretos com impacto anual de R$ 1 bilhão na economia brasileira.

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