Movida

Renê Castro   |   18/11/2015 10:02

Aos 49 anos, Embratur quer “sonhar outros sonhos”

No dia em que comemora 49 anos, a Embratur tem um passado a comemorar e um futuro a repensar. Quem levanta essa bandeira é o presidente da instituição, Vinicius Lummertz, que falou à reportagem do Portal PANROTAS sobre o que falta para alcançar a plenitude como órgão de promoção de um País tão compl

PANROTAS / Emerson Souza
No dia em que comemora 49 anos, a Embratur tem um passado a comemorar e um futuro a repensar. Quem levanta essa bandeira é o presidente da instituição, Vinicius Lummertz (foto), que falou à reportagem do Portal PANROTAS sobre o que falta para alcançar a plenitude como órgão de promoção de um País tão complexo como o Brasil.

“Não se pode negar que ainda somos um país fechado, com relacionamento internacional limitado, e quando a Embratur foi criada, houve uma série de conquistas que melhoraram essa visão do mundo com relação ao Brasil. O fato é que as institucionais são feitas para resolver problemas que mudam, e isso faz com que as instituições também precisem mudar”, afirmou o dirigente, prometendo “honrar o passado e adaptar-se ao futuro".

Por falar nos próximos anos da Embratur, algumas ações já são cobradas pelo mercado, como modelo institucional mais flexível, maior poder de divulgação e capacitação de investimento, além de proximidade com a iniciativa privada. Essas e outras expectativas também são carregadas por Lummertz, que com olhar técnico revela também a complexidade do assunto.

“Não precisamos de uma Embratur maior, precisamos de uma Embratur mais bem preparada. O Turismo não é o mesmo de 50 anos atrás. Dentro deste conceito, é preciso ter em mente também que a instituição caminha lado a lado com o posicionamento do País, e já está mais que provado que o Brasil precisa de mais imigração, mais comércio internacional, enfim, ser mais competitivo e cooperativo. A internacionalização do Brasil passa por tudo isso”, explicou ele, antes de cravar: “a Embratur já teve bem mais recursos no passado e hoje tem bem menos que os vizinhos da América do Sul. Isso atrapalha os projetos e é incompatível com o Turismo que praticamos por aqui. Fora isso, o Brasil ainda não oferece o melhor ambiente para investimentos da indústria, e isso não é papel da Embratur, e sim dos ministérios. Nosso papel é indicar esse caminho”.

Destinos como Londres (Reino Unido), Paris (França), Nova York (Estados Unidos) e Cingapura, na visão de Vinicius Lummertz, são cidades que estão fazendo “revoluções no Turismo”, o que naturalmente afetam de forma positiva as economias regionais. O Brasil, claro, tem a mesma capacidade de evoluir e alcançar este patamar de igualdade, mas não sem esforço.

“Turismo é produto. Não dá para vender potencialidade. O que posso afirmar é que temos, sim, condição de ter produtos diferenciados para muitos mercados. Vamos passar pelos Jogos Olímpicos de 2016 e isso encerra o ciclo de encerramento dos grandes eventos. Este é o período ideal para iniciar este novo momento e essas mudanças. Precisamos sonhar um novo sonho”, finalizou o presidente da Embratur, imaginando a nova Embratur, que segue sendo costurada junto ao governo, em uma negociação sem data para encerrar.

A entrevista completa com Vinicius Lummertz estará disponível na edição 1.194 do Jornal PANROTAS.
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