Rodrigo Vieira   |   16/06/2016 16:40

Citado em delação, Henrique Alves deixa o MTur

O ministro do Turismo Henrique Eduardo Alves pediu demissão do cargo nesta quinta-feira. Alves teria recebido R$ 1,55 milhão em propina da Transpetro entre 2008 e 2014, segundo relato do ex-presidente da companhia Sérgio Machado.


Emerson Souza

O ministro do Turismo, Henrique Eduardo Alves, pediu demissão do cargo nesta quinta-feira. Alves teria recebido R$ 1,55 milhão em propina da Transpetro entre 2008 e 2014, segundo relato do ex-presidente da companhia Sérgio Machado. O valor seria relacionado ao esquema investigado pela Operação Lava Jato.

A propina teria sido paga, conforme a delação de Machado, da seguinte forma: R$ 500 mil em 2014; R$ 250 mil em 2012; e R$ 300 mil em 2008. As quantias teriam sido repassadas pela Queiroz Galvão. Em 2010, outros R$ 500 mil teriam sido enviados pela Galvão Engenharia, de acordo com a delação.

LEIA TAMBÉM
O que aconteceu com o MTur na gestão Henrique Alves
Leia na íntegra carta de demissão de Henrique Alves
Em frases, o que pensa Henrique Alves sobre o Turismo

Essa é a segunda passagem de Alves pela pasta. Ele havia ocupado o cargo por 11 meses, de abril de 2015 a março deste ano. Trata-se do terceiro ministro a abandonar o cargo desde que Michel Temer assumiu como presidente interino do País. Procurado pelo Portal PANROTAS, o Ministério do Turismo ainda não confirma a saída.

Na tarde da última quarta-feira (15), Henrique Eduardo Alves publicou em sua conta no Twitter uma nota de repúdio sobre a delação de Sérgio Machado.

“Repudio com veemência a irresponsabilidade e leviandade das declarações desse senhor. Todas as doações para minhas campanhas foram oficiais, as prestações de contas foram aprovadas e estão disponíveis no TSE, conforme a lei”, afirmou o ex-presidente da Câmara dos Deputados e agora ex-ministro do Turismo.

“As minhas relações são pautadas pela ética e respeito institucional. Nunca pedi qualquer doação ilícita para empresário ou quem quer que seja. Como presidente de partido, eventuais pedidos de doações que eu tenha feito foram para as campanhas municipais, sempre obedecendo a lei. Estou à disposição da Justiça, confiante de que ilações envolvendo meu nome serão prontamente esclarecidas. Acredito nas nossas instituições.”

*Atualizada às 17h16.



Tópicos relacionados