Victor Fernandes   |   18/07/2017 18:12

Justiça Federal mantém ex-MTur Henrique Alves preso

A Segunda Instância da Justiça Federal em Brasília decidiu hoje manter a prisão do ex-ministro do Turismo Henrique Eduardo Alves. Ele foi preso no mês passado pela Polícia Federal em Natal. A ordem de prisão foi decretada pelo juiz federal Vallisney Ol


Emerson Souza
Ex-ministro do Turismo Henrique Alves continuará preso
Ex-ministro do Turismo Henrique Alves continuará preso
A Segunda Instância da Justiça Federal em Brasília decidiu hoje manter a prisão do ex-ministro do Turismo Henrique Eduardo Alves. Ele foi preso no mês passado pela Polícia Federal em Natal. A ordem de prisão foi decretada pelo juiz federal Vallisney Oliveira, da 10ª Vara Federal em Brasília.

A decisão foi motivada por um pedido de habeas corpus protocolado pela defesa do ex-ministro. No julgamento, por dois votos a um, os desembargadores da Terceira Turma do Tribunal Regional Federal da 1ª Região mantiveram a decisão da primeira instância.

Alves é suspeito de participar de desvios nas obras de construção da Arena das Dunas, em Natal, uma das sedes da Copa do Mundo de 2014. As fraudes somariam R$ 77 milhões, segundo o Ministério Público Federal.

O ex-ministro também é investigado por suspeita de ocultar R$ 20 milhões em contas no exterior. Os recursos seriam provenientes da atuação de um grupo liderado pelo ex-presidente da Câmara dos Deputados Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que teria atuado em fraudes nas vice-presidências de Fundos e Loterias e de Pessoas Jurídicas da Caixa Econômica Federal.

O político de 68 anos assumiu o Ministério do Turismo ainda no governo de Dilma Rousseff, entre abril de 2015 e março de 2016. Após o impeachment da presidente, ele cedeu à pressão de seu partido e entregou carta de demissão. "O momento nacional coloca agora o PMDB, meu partido há 46 anos, diante do desafio de escolher o seu caminho, sob a presidência de meu companheiro de tantas lutas, Michel Temer", disse à época.

Após a entrada de Temer, ele retornou ao ministério em maio por ser um dos homens de confiança do atual presidente. Porém, pediu demissão do cargo no mês seguinte depois de ter sido citado em delação premiada. Na ocasião, foi acusado de receber R$ 1,55 milhão da construtora Transpetro entre 2008 e 2014.


*Fonte: Agência Brasil

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