Raphael Silva   |   06/02/2018 17:18

Jogos de azar avançam no Senado e atraem investimento

Projeto de legalização deve ser votado ainda neste mês, e empresários ligados a Las Vegas e Cingapura já pensam em investir bilhões

Pixabay
Projeto de legalização prevê benefícios ao Governo, com bilhões em impostos, e aos investidores, prontos para injetar altas quantias no negócio
Projeto de legalização prevê benefícios ao Governo, com bilhões em impostos, e aos investidores, prontos para injetar altas quantias no negócio
Com a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado próxima de votar a legalização dos jogos de azar no Brasil, empresários ligados a esse setor em Las Vegas (EUA) e Cingapura já pensam em investimentos bilionários em empreendimentos no País.

Relator do projeto, o senador Benedito Lira (PP-AL) se mostra otimista com as possibilidades, oferecendo benefícios a ambos os lados: Governo e investidores. Lira defende que a legalização de várias modalidades de jogos pode gerar uma receita anual de R$ 15 bilhões a R$ 20 bilhões em impostos, montante visto como fator atrativo em plena crise fiscal.

"Não é pouco recurso. E é um dinheiro que hoje não existe nos cofres da União", explicou o senador em entrevista ao jornal Valor Econômico.

A expectativa é de que a CCJ aprove o projeto de lei 186/2014, de Lira, e que o mesmo avance ao plenário no Senado. A partir disso, então, os deputados devem promover as mudanças necessárias, uma vez que podem haver conflitos de interesse.

Tanto grandes resorts como cassinos menores querem limitar o funcionamento de máquinas de vídeopôquer e outros jogos eletrônicos a seus estabelecimentos, o que causa discordâncias. Enquanto marcas internacionais visam investimentos bilionários em resorts no País, grupos e empresários brasileiros se dizem prontos para investir em cassinos de menor porte.

A falta de acordo entre os dois "players" enquadrados entre os investidores, porém, surge como empecilho para a aprovação, uma vez que há falta de disposição do Governo de criar descontentes no atual cenário.


*Fonte: Valor Econômico

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