Roberta Queiroz   |   07/07/2016 17:07

Ryanair Rooms preza tecnologia e reconsidera OTAs

No último mês, a Ryanair anunciou a venda de hospedagens em hotéis, hostels e outros tipos de locais a partir de outubro deste ano. O Ryanair Rooms quer prezar não só pelos preços baixos, característicos à uma companhia low cost, mas tamb&eacut

No último mês, a Ryanair anunciou a venda de hospedagens em hotéis, hostels e outros tipos de locais a partir de outubro deste ano. O Ryanair Rooms quer prezar não só pelos preços baixos, característicos à uma companhia low cost, como também pela tecnologia. Com o serviço, a empresa pretende se reposicionar no mercado e se transformar em uma empresa de “tecnologia de viagens”.

Divulgação Ryanair

A aérea acredita que a única peça essencial para a jornada de um viajante conectado é o próprio cliente. E é exatamente isso que o Ryanair Rooms almeja: conectar o cliente que busca um bilhete aéreo a outros serviços da cadeia. Para evitar o setor hoteleiro, parceiros serão reunidos.

No início, o diretor de Marketing da companhia, Kenny Jacobs, pensou em rejeitar OTAs como Hotels.com, Homestay, Hostel World, Booking.com e Airbnb. A Ryanair chegou, inclusive, a romper seu relacionamento de sete anos com a Booking.com, mas a nova estratégia forçou a companhia a reconsiderar. Afinal, a proximidade dessas agências com o mundo digital é clara. "Queremos levar o melhor do mantra Booking.com e entregar produtos para além voos. Você deve ser capaz de reservar hotéis, carros, festas, táxis, restaurantes, tudo através da Ryanair", afirmou Jacobs.

NÚMEROS E EXPECTATIVAS
O CEO da Ryanair, Michael O'Leary, não esconde a ambição de comercializar todos os serviços de viagens. Por sinal, é o apreço pela tecnologia que leva sua empresa a condenar a decisão do Reino Unido em sair da União Europeia. Isso porque o Brexit pode afastar empresas tecnológicas.

O último grande investimento da Ryanair no setor, há 18 meses, trouxe resultados dignos de comemoração. O aplicativo de reservas Always Getting Better fez o número de clientes saltar de 80 milhões para 110 milhões por ano. Os valores de tráfego em maio deste ano foram 10,6 milhões contra 9,5 milhões do mesmo período de 2015.

No entanto, os bons resultados não devem se repetir. A aérea já alertou seus acionistas que o lucro deste ano deve ser baixo. Entre outros efeitos, o Brexit está fazendo os britânicos repensarem viagens que, até então, eram cercadas de certezas.

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