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Leonardo Ramos   |   20/10/2017 19:01

Diretor da TSA quer eliminar filas de inspeção em aeroportos

Para novo administrador da TSA, as filas nas checagens de segurança são um risco por si só; pontos de controle seriam substituídos por acompanhamento contínuo em todo aeroporto

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Para novo administrador da TSA, as filas nas checagens de segurança são um risco por si só
Para novo administrador da TSA, as filas nas checagens de segurança são um risco por si só
Aeroportos onde não existem mais filas para checagem e inspeções de segurança. Essa é a visão do novo administrador da Transportation Security Administration (TSA) dos Estados Unidos, David Pekoske. Para o especialista, a própria aglomeração de pessoas em filas seria uma "vulnerabilidade na segurança" do aeroporto e, portanto, deve ser extinta.

Em uma conferência internacional em Washington, nesta semana, Pekoske alegou que tragédias recentes como o bombardeio no aeroporto de Bruxelas, o tiroteio em massa de Las Vegas e o atirador no aeroporto de Fort Lauderdale são um "lembrete alarmante" da necessidade de vigilância extra e segurança mais rigorosa nos espaços públicos.

"No meu mundo ideal, não temos centenas de pessoas na fila para passar pela segurança", afirmou Pekoske, durante a Conferência Internacional de Aeroportos, na capital norte-americana.

Para isso, Pekoske, que já foi vice-comandante da Guarda Costeira estadunidense, prometeu desvendar, junto à TSA, uma nova forma de inspecionar passageiros nos pontos de controle e checagem aeroportuária, visando melhorar a segurança nas áreas públicas antes da inspeção em si, locais onde geralmente se formam grandes filas e amontoados de pessoas. Segundo ele, um novo modelo poderia prevenir melhor o risco de atentados terroristas, por exemplo.

Isso, porém, poderia exigir uma mudança nos aeroportos atuais, que já estão adequados ao sistema atual.

"Se conseguirmos fundos para investimentos em infraestrutura, inclusive para poder mudar o layout em alguns aeroportos ou mesmo construir novos terminais, será que não poderíamos desenvolver um sistema de segurança de aeroporto que não se baseia em pontos de controle, por exemplo, mas sim em segurança contínua?", questionou o administrador da TSA, que está no cargo desde agosto,

"Vai demorar vários meses para chegar perto de conseguir ao menos uma maquete de um novo modelo de segurança, mas vocês definitivamente nos verão chegar lá, e então entenderão o que estamos pensando", continuou.

David Pekoske elogiou os programas TSA Precheck e Global Entry, que identificam viajantes "confiáveis" na chegada ao aeroporto, inclusive facilitando e agilizando a entrada de quem viaja com frequência aos Estados Unidos. Brasileiros fazem parte do segundo programa, que exclui a necessidade de passar pelas filas de imigração, bastando ao passageiro passar o passaporte em um leitor eletrônico ao desembarcar nos EUA. Segundo ele, isso evita a formação de grandes conglomerados de pessoas para passar nas inspeções de segurança.

Além disso, destacou que a TSA está testando um novo scanner de tomografia computadorizada, o CT (computed tomography), que aprimora a detecção de ameaças, fornecendo imagens 3D que podem ser visualizadas e rotacionadas para uma análise mais abrangente do conteúdo das bagagens de mão.

"A necessidade de atualizar a tecnologia nos pontos de controle é crítica. Eu usarei toda influência que eu tiver como administrador para conseguir mudar isso", finalizou Pekoske.


*Fonte: The Hill

conteúdo original: http://bit.ly/2xNsBlK

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