Beatrice Teizen   |   10/11/2017 11:01

Consultor de vinhos da AA revela alguns segredos

Nas listas que ele elabora, sempre há pelo menos um vinho que combine com qualquer tipo de cozinha.

A American Airlines reuniu na noite de ontem (9) no Hotel Renaissance, em São Paulo, um grupo de clientes especiais, além de agências de viagens e TMCs, para participarem de um coquetel e jantar com o consultor de vinhos da companhia aérea, Ken Chase. Produtor e vinicultor de formação clássica, Chase é responsável pela seleção das bebidas nos voos da AA em todo o mundo.

Beatrice Teizen
O consultor de vinhos da companhia aérea, Ken Chase
O consultor de vinhos da companhia aérea, Ken Chase
Desde 2009 na aérea, ele também combina os vinhos com os pratos servidos, considerando diferenças culturais, sazonais e de estilo de cada destino. “Temos mais de sete mil voos por dia. Divido o mundo em Ásia, Europa e América do Sul e estudo as tendências e o que está acontecendo em cada região para entregar os melhores produtos a cada uma delas”, conta.

Com passageiros da Índia e Japão, por exemplo, como harmonizar os vinhos com diferentes tipos de comidas regionais servidas a bordo? Chase afirma que, na lista que elabora, sempre há pelo menos um que combine com qualquer tipo de cozinha. “Em um voo com comidas típicas, existem alguns sabores que são muito fáceis de combinar, mas eu não quero o simples, quero estar um passo à frente. Adoro explorar. “

Por ano, a American Airlines serve 7,2 milhões de litros em seus voos. Mesmo com uma pressurização a mais de 2,4 mil metros, não há nenhuma alteração química na bebida, como muitos podem pensar. O especialista explica que o que acontece é uma mudança na percepção do paladar quando se está em grandes alturas e no ar condicionado durante horas. O vinho não muda, o que se transforma é o gosto de cada um.

Chase identifica que cada cabine, por todo o mundo, possui uma personalidade diferente. Para agradar o passageiro, é muito importante recolher feedbacks por meio de e-mails, comentários dados à equipe de comissários de bordo e questionários. “Se em duas semanas eu recebo 400 e-mails perguntando por que um específico vinho não está sendo servido, preciso investigar e ir atrás. Há três ou quatro indicadores que me ajudam muito a ver a estratégia e saber como melhorar a experiência dos nossos passageiros”, finaliza.

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