Beatrice Teizen   |   07/07/2017 09:01

Protagonista, destino pode mudar o rumo de um evento

No entanto, o resto da cadeia precisa saber e entender qual a importância e o papel deles dentro da captação. 

Qual é a relação entre o destino e o evento que é realizado nele? Este foi um dos temas debatidos no Lamec 2017, realizado ontem (7), no WTC Events Center, em São Paulo. Os venues – espaços onde feiras, congressos e convenções são realizados – são peças importantes neste quesito, mas não são os protagonistas. A cidade em questão que é o player principal.

O destino onde será feito o evento é uma decisão importante na hora do planejamento. E, assim como todos os setores, ele também é feito das pessoas que nele vivem. “Se estou indo para determinada cidade ou país, a recepção, o serviço, os participantes que encontro lá é que ditam o evento. Toda a comunidade está envolvida no meu trabalho”, explica a diretora da Pires e Associados, Jeanine Pires, também blogueira PANROTAS.

Emerson Souza
Toni Sando, da Unedestinos, Damien Timperio, da SP Expo, Jeanine Pires, do Conselho de Turismo e Negócios da Fecomércio São Paulo, e Miguel Harraca, do CVB Latin America
Toni Sando, da Unedestinos, Damien Timperio, da SP Expo, Jeanine Pires, do Conselho de Turismo e Negócios da Fecomércio São Paulo, e Miguel Harraca, do CVB Latin America

Para o diretor geral da São Paulo Expo, Damien Timperio, o espaço que recebe o evento tem de aceitar o papel de coadjuvante, mas o resto da cadeia precisa saber e entender qual a importância e o papel deles dentro da captação. “Nós, como venue, queremos saber o que fazer e o que precisamos trazer para o destino. Também temos que saber como agir para aumentar a performance de captação para o destino”, conta.

São Paulo, apesar de ser muito bem estruturada para receber eventos, ter uma vasta gama de hotéis e mais de 15 mil restaurantes e bares, atendendo a todos os gostos, ainda tem como desafio a maneira que vai apresentar tudo isso aos visitantes, segundo o novo presidente da Unedestinos, Toni Sando. “Antes de ele chegar a uma expo ou pavilhão, o ideal seria prepará-lo para que ele saiba o que de melhor a cidade tem a oferecer. E este é um consenso: quem vem a um evento é, muitas vezes, apenas viajante e queremos transformá-lo em visitante”, afirma.

Para que isso aconteça, é necessário que as informações sejam entregues a ele com antecedência. Se o Convention Bureau conseguir criar mecanismos que ajudem o visitante, ele se tornará grande parceiro de seus associados. “Este é um desafio que nos motiva a procurar novas maneiras. “

Timperio indica que é necessário um pouco mais do que só a iniciativa privada. Segundo o diretor da SP Expo, um dos papeis fundamentais de um CVB é informar e orientar o poder público a ajudar o setor. “Cada um de nós do privado vai fazer o melhor para atender. No entanto, o que precisamos é que os órgãos públicos entendam o nosso trabalho.” É importante que saibam das deficiências, como infraestrutura de mobilidade urbana, de estrada e de segurança, e que invistam para que haja um retorno.

Tópicos relacionados