Felippe Constancio   |   03/01/2017 11:43

Hotelaria: 10 tendências que mudarão a experiência do hóspede em 2017

mais fusões, novas marcas, smart hotels e muito mais. Confira

William Murphy/Flickr

Tendências podem durar décadas, mas também podem ser fogo de palha. Em 2016, na hotelaria, a maior parte das tendências foi moldada pelo drama da mega fusões e série de aquisições, sem contar o cabo de força disputado nas compras diretas. Já para este ano, as previsões são de grandes mudanças, já que os efeitos das fusões e aquisições ainda devem aparecer e ficarem mais claros.

Na tentativa de desvendar o que deve influenciar a experiência do usuário e os processos de viagem como um todo, o site Skift listou tendências que devem aparecer no segmento hoteleiro no futuro próximo. Confira:

Pyonko/Flickr
CO-TUDO

Os princípios da economia compartilhada - como ênfase na colaboratividade e comunidade - deve ficar mais comum em 2017. Isso porque redes hoteleiras têm anunciado marcas que oferecerão hospedagem nos moldes do "co-living", como a Accor Hotels que está para lançar a Jo&Joe e a Hilton, que deve criar um conceito de micro-hotel urbano no futuro próximo.

DESIGN PARA CHAMAR A ATENÇÃO
Design de alto nível não é algo só dos hotéis de boutique - é o básico. Pelo menos é o que parece com o movimento das grandes hoteleiras como Marriott, Hyatt e Hilton, que estão reformando e lançando empreendimentos com mais luz natural, lobbies integrados, espaços abertos e comunitários para melhora da experiência social do viajante.

Assim, uma das tendências detectadas para 2017 é a expectativa do hóspede para ambientes agradáveis tanto em hotéis de alto padrão quanto econômicos.

EXPERIÊNCIA PARA ALÉM DO HOTEL
O lançamento de um serviço de guia do Airbnb no final de 2016 parece mostrar que os hotéis precisam ficar atentos à experiência do viajante também do lado de fora do hotel. "Os hotéis precisam de uma aproximação mais abrangente à experiência geral do viajante em relação ao que fazem hoje", acredita o site.

EVOLUÇÃO DOS PROGRAMAS DE FIDELIDADE
Em 2017, os programas de fidelidade devem continuar se mostrando como um dos itens mais importantes dos master plan dos hotéis. Apesar de muitos estarem renovando seus programas, ainda não está claro se a tendência é de premiar as aquisições de produtos de valor mais agregado, como vem acontecendo com as linhas aéreas no mercado de fidelidade norte-americano. O tempo vai dizer como os programas de fidelidade dos hotéis passarão por esta fase de maturação que acontece em meio a grandes fusões e mudanças do consumidor.

HOSPITALIDADE REDESCOBRIRÁ AS RAÍZES
Para a CEO da Two Roads Hospitality, Niki Leondakis, "a hospitalidade tem compromisso com a inovação, mas a melhor inovação vem de dentro para fora". Pode ser que os desafios eventualmente coloquem hospitalidade em segundo plano em prol da tecnologia e construção de espaços e por isso é importante, segundo a executiva, empoderar os empregados para uma "hospitalidade genuína".

OS "LOCAIS" TERÃO NOVO SIGNIFICADO
Mais do que um ou outro local vendendo artigos e lembrancinhas, os hotéis precisam se atentar mais para suas comunidades locais, acredita o Skift. "Acreditamos que os hotéis reivindicarão o papel que um dia já tiveram junto às comunidades locais, mas só dessa vez essa reivindicação é para resolver desafios dos tempos modernos."

deveion acker/Flickr

Para o CEO da Accor Hotels, Sebasiten Bazin, é importante que os locais tenham contato com os hotéis para saber mais e quem saber haver alguma troca na oferta de serviços. "Eles vivem perto dos hotéis ou vão para um escritório perto, mas nunca entram na propriedade porque temem serem perguntados sobre qual o quarto deles. Esses podem não precisar de quarto, mas de um serviço."

LUXO INTELIGENTE
Para o Skift, há uma tendência de diminuição das extravagâncias no luxo dos hotéis e um olhar para a entrega de uma experiência mais autêntica e personalizada. "O que faz algo luxuoso se manterá, como o preço, mas os viajantes não prestam mais atenção nisso. Os viajantes de alto padrão já esperam acabamento, produtos exóticos e design. O que faz um hotel ser de luxo hoje é todo o resto. Seu serviço personalizado e senso de comunidade."

De fato, redes como Marriott e Accor vêm trabalhando em formas de distinção e posicionamento de marcas de luxo.

OS SMART HOTELS
Tanto para os quartos quanto instalações para reuniões e eventos, os hotéis devem mostrar um olhar mais atento a tecnologias. A intermediação por eletrônicos pela qual o usuário interage com atendentes e aciona serviços é o que define um hotel como smart hotel - e tal tendência deve mostrar mais nitidez em 2017.

Pronec Corporation/Flickr

MAIS FUSÕES
O ano de 2017 deve ter mais marcas não-tradicionais entrando no segmento hoteleiro, como foi em 2016 com companhias como West Elm e Karl Lagerfeld.

"Acredito que as marcas estejam tentando aumentar o market share estendendo com novas bandeiras", diz o ex-diretor de design da W Hotels, Gray Shealy. Para outros especialistas, o fato do formato boutique ter se popularizado abre margem para a chegada de mais marcas novas.

INTERPRETAÇÃO DE INFORMAÇÕES
Agora que houve avanços na coleta de informação, cabe agora a indústria saber o que fazer com a informação. Em 2017, está claro que a indústria hoteleira precisa estar preparada para mais mudanças de padrão. Para estar preparada, é preciso que os hotéis superem os limites da própria indústria para dominar os acontecimentos.

"Se você tiver bastante analistas de dados, terá grandes chances de encontrar o cliente certo para você. Esse é um grande diferenciador no longo prazo: personalização. Precisamos de fato acessar e entender os dados, pois isso ajuda a personalizar as escolhas."


*Fonte: http://ow.ly/KeT4307E0JA

conteúdo original: Skift

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