Movida

Felippe Constancio   |   02/01/2017 15:10

HRS lista tendências em tarifas corporativas para 2017

Busca por valores mais baixos no mercado brasileiro e manutenção de tarifas em hotéis de categoria upper midscale, midscale e econômico são apostas para o ano

A busca constante por tarifas mais baixas fez com que o mercado registrasse queda de 25% nos valores das compras de hospedagem corporativa em 2016. A queda é observada desde 2015 pela HRS, líder global em reservas hoteleiras para empresas. No entanto, para 2017, a previsão da companhia é a manutenção de preços nos hotéis das categorias upper midscale, midscale e econômico (aumento ou diminuição de menos de 1%, em média), além de elevação de preços das diárias em 4% nas categorias luxo.

andrewarchy/Flickr

“Além disso, a medida que as tarifas se igualaram entre as categorias de econômico e supereconômico, os clientes que ficavam em supereconômico buscaram maior qualidade com preços muito competitivos em hotéis econômico”, compara o diretor de Hotels Solutions da HRS, Phelipe Farah. Segundo o executivo, pressionados pelo orçamento cada vez mais enxuto de suas corporações, os clientes estão buscando hotéis de categoria inferior para reduzir custos.

Os dados da HRS levam em conta uma combinação de tarifas corporativas negociadas, com aproximadamente 60% do volume total de reservas, e tarifas públicas, cerca de 40% do total, nos canais de distribuição da companhia. Com isso, as quedas em 2016 foram, em média, de 20,8% em hotéis do segmento luxo, 19,9% upper midscale, 22,9% em midscale, 13% em econômico e 3% em supereconômico, em comparação ao ano anterior.

A empresa também verificou as tarifas médias de 2016 versus 2015 em todas as capitais do país e observou queda média de 20% em todas as regiões. Algumas cidades do interior do estado de São Paulo, por exemplo, com característica de destino de negócios, também tiveram queda, exceto Piracicaba com crescimento de 5%.

Para 2017, a expectativa é que os preços dos hotéis para os clientes corporativos tendem a ficar estagnados ou sofram uma pequena redução. “Porém, os dados são relativos à primeira rodada de negociações e a tendência na segunda rodada (rebid) ou renegociação é que os hotéis abaixem ainda mais os preços”, completa Farah.

O executivo, no entanto, diz que este cenário aponta para recuperação de preços ao longo de 2017, com ambiente de negócios similar a 2016. “Nossa recomendação é que os profissionais de vendas sejam estratégicos na negociação, apresentem valores para ganhar volume e também cobrem de seus clientes o volume prometido”, completa o executivo da HRS.

andrewarchy/Flickr

Farah também destaca que um ambiente mais competitivo apresenta oportunidades para todo o mercado, sejam clientes, hotéis ou agências. “Os anos que seguem as crises apresentam oportunidades. Saber utilizá-las a seu favor e criar relações ‘ganha-ganha’ entre hotéis e clientes, e também entre hotéis, agências e clientes, fará bem a todos. O mercado é melhor quando todos na cadeia ganham mais”, finaliza.

DADOS
A compilação dos dados só é possível graças ao sistema eletrônico da HRS, que em 2016 gerenciou o programa de viagens de aproximadamente 150 clientes em todo o mundo.

Por meio o sistema eletrônico da HRS, esses clientes requisitam suas hospedagens e com isso a companhia consegue acompanhar as tendências de preço ao longo do processo de negociações para os programas de viagens referentes para 2017. A HRS também aponta hotéis alternativos ao diretório atual do cliente quando reconhece oportunidades com mesma localização, preço (histórico) e qualidade similar aos hotéis requisitados pelo cliente.

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