Roberta Queiroz   |   08/07/2016 15:16

Descubra a gestão de viagens dentro da Johnson & Johnson

Governança global da Johnson & Johnson está ligada à Amex, representada no Brasil pela Flytour


Guilherme Bromberg e Cleiton Silva, responsáveis pela gestão de viagens da Johnson & Johnson para a América Latina e para o Brasil, respectivamente

Depois de Red Bull e Honda, chegou a hora de saber um pouco mais a gestão de viagens da Johnson & Johnson. O terceiro capítulo sobre o tema apresenta Guilherme Bromberg (39) e Cleiton Silva (40), líderes do setor para a América Latina e para o Brasil, respectivamente. A categoria de viagens da empresa de produtos para a saúde tem uma governança global e Bromberg também é responsável pelos hubs situados nos Andes, no Norte e no Sul da região.

PERFIL E HIERARQUIA
Bromberg e Silva atuam lado a lado na sede da capital paulista. O tempo de jornada foi o suficiente para a dupla traçar o perfil dos colaboradores ou, neste caso, o dos de departamentos da Johnson & Johnson. “Os viajantes não têm características especificas. No entanto, o departamento comercial representa o maior volume doméstico, já os executivos, o internacional”, observaram.

No momento de solicitar a viagem, os colaboradores se deparam com uma política de restrições, que inclui itens como antecedência, custo e justificativa. Questionados sobre a existência de uma hierarquia de benefícios conforme os títulos, Bromberg e Silva afirmaram que há um diferencial por país relativo à classe de viagens aéreas. “No Brasil, por exemplo, alguns funcionários podem viajar em classes melhores se voarem mais de seis horas para chegar ao destino”, esclareceu Cleiton Silva, deixando claro que tais normas sofrem alterações de país para país.

DESTINOS, TMC’s E FERRAMENTAS
Como de costume, negócios, reuniões e treinamentos figuram entre os principais motivos das viagens. No âmbito nacional, capitais do Sul e do Sudeste são os destinos mais requisitados. Já no internacional, Estados Unidos e países latino-americanos comandam.
“Nós não mediamos o processo transacional de viagens. A empresa utiliza ferramenta de On-line Booking Tool (OBT) [gerenciada pela agência corporativa] com os processos de aprovação”, contaram os gestores. A ferramenta coleta as informações de acordo com o preenchimento dos funcionários.

Por falar em TMC, a governança global da Johnson & Johnson está ligada à American Express Global Business Travel (Amex). No Brasil, a agência é representada pela Flytour. Bromberg e Silva explicaram porque a empresa optou por esse caminho. “Este modelo confere padronização dos processos, visibilidade, transparência dos dados, gestão de riscos e otimização de recursos, acordos e processos”.

O GESTOR DIANTE DA CRISE
Bromberg atuou na hotelaria internacional por 11 anos e trabalhou junto às agências de Mice e Live Marketing por outros dez anos. Na Johnson & Johnson, o executivo está prestes a completar três anos, mas antes de entrar para a gestão de viagens foi gerente sênior de Eventos do departamento de Marketing Corporativo. “Não decidi ser gestor mas, naturalmente, o conhecimento e o histórico profissional me levaram a chegar a esta posição atual”, afirmou.

Silva lidera a Gestão de Viagens para o Brasil há cinco anos, mas tem 24 anos de dediação à casa. Grande parte desse tempo se passou no setor de Procurement que, após uma reestruturação de processos, acolheu a categoria de viagens.

Tanto Silva como Bromberg enfrentaram, e continuam enfrentando, a complicada situação econômica do Brasil no time da Johnson & Johnson. A dupla não foi autorizada a comentar dados orçamentários, mas revelou a ordem para este ano: “otimizar viagens com planejamento mais efetivo e objetivo”. Para superar a instabilidade, os gestores apostaram em uma espécie de fórmula. “É preciso fazer uma análise mais detalhada dos dados históricos, com maior controle e monitoramento do equilíbrio entre custo, segurança e experiência do viajante.

Independentemente do momento do Brasil ou de qualquer outro país, Bromberg e Silva acreditam que o gestor deve compreender cada detalhe dos processos internos, das necessidades e da cultura da companhia. Isso sem contar a compreensão da profissão em si, que envolve não só a indústria de viagens, mas tendências e boas práticas. “E, pessoalmente, é essencial desenvolver um pensamento estratégico e analítico criterioso, como desenvoltura comunicativa e de relacionamento”, concluíram.

Entenda melhor o papel do gestor de viagens, diante das características da Johnson & Johnson, no infográfico abaixo:



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