Leonardo Ramos   |   07/12/2017 09:00

Entenda as consequências de ser um viajante corporativo (e como combatê-las)

Estresse e perda de saúde física são as principais consequências de viagens corporativas.

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Estresse e perda de saúde física são principais consequências de viagens corporativas
Estresse e perda de saúde física são principais consequências de viagens corporativas
Aumento do nível de estresse e redução de condicionamento físico. Os dois fatores foram apontados em uma pesquisa revelada nesta semana como as principais consequências negativas de ser um viajante corporativo.

O relatório realizado pela On Call International, empresa de gerenciamento de riscos de viagem, resultou de um questionário feito a mil viajantes empresariais frequentes, e atribuiu ambas as consequências a alguns apontamentos descobertos na pesquisa.

Um deles revelou que 54% dos viajantes a negócios são menos propensos a se exercitar quando estão longe de casa a trabalho; outro aponta que 44% deles são mais suscetíveis a comer alimentos não saudáveis durante suas viagens do que se estivessem em casa. Ambos condicionam a uma perda da saúde e condicionamento físico do viajante.

Já o estresse mental foi abordado por 36% dos entrevistados, que acreditam que as viagens relacionadas ao trabalho os tornam mais estressados do que normalmente; o mesmo número afirmou que sofre de dificuldade para dormir durante suas viagens, aumentando a exaustão do viajante.

Ambas as consequências são, enfim, atribuídas a um fato em comum: a interrupção da rotina.

"Uma dieta não saudável e a falta de exercícios regulares podem ter consequências adversas para o bem-estar de um viajante a negócios, muitas vezes levando a problemas graves de saúde ou agravando os já existentes", explicou o diretor de medicina da On Call International, William Siegart.

"Além disso, o estresse crônico e agudo pode causar vários problemas para um viajante corporativo, levando à deterioração de sua saúde e até a diminuição da produtividade e do desempenho do trabalho durante a viagem", alertou ainda Siegart.

REMÉDIOS, BEBIDAS E CIGARROS
Como consequência de dias de trabalho começando mais cedo, noites mal dormidas e longas reuniões durante as viagens, outros três fatores foram apontados: 13% dos funcionários esquecem de tomar seus remédios devido à exaustão e pouco tempo livre; 16% bebem mais do que o normal e 8% são mais propensos a fumar.

DUTY OF CARE E BOAS PRÁTICAS

"As organizações têm o dever de prover programas de duty of care para garantir a saúde e a segurança de seus funcionários durante as viagens", explicou
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Para Siegart, empresa tem responsabilidade de cuidar da saúde dos viajantes através de programas de duty of care
Para Siegart, empresa tem responsabilidade de cuidar da saúde dos viajantes através de programas de duty of care
Siegart.

Para o médico, um meio de driblar tais consequências seria explicar aos viajantes corporativos como as boas práticas podem levar a uma manutenção de sua saúde, além de melhorar os resultados de seu trabalho.

"Eu recomendaria prover workshops de saúde antes de viagens para reforçar os comportamentos recomendáveis relacionados a saúde do viajante, como se alimentar corretamente, encontrar tempo para exercícios rápidos e simples que podem ser executados em qualquer lugar, e ainda tentar identificar e gerenciar da melhor maneira suas causas de estresse mais frequentes".

"Essas melhores práticas podem ter um impacto positivo na saúde geral a longo prazo dos viajantes", finalizou o diretor de medicina da On Call Internacional.


*Fonte: Business Traveller

conteúdo original: http://bit.ly/2AUqrBD

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