Beatrice Teizen   |   08/06/2022 08:48
Atualizada em 08/06/2022 09:17

Como a tecnologia atua na retomada do setor de eventos

O CEO da Inteegra, Rogério Miranda, fala sobre a atuação 360 graus do grupo na indústria de encontros

Em tempos de retomada dos eventos presenciais, contar com tecnologias e recursos, como plataformas e aplicativos de gestão destes encontros, ajuda não somente a gerenciar a jornada da melhor forma possível, como também a entregar uma série de dados e informações valiosos ao final do evento. A tecnologia foi – e continua sendo – uma grande percursora para tracionar o mercado dentro de um cenário muito delicado, devido à covid-19.

PANROTAS / Emerson Souza
Rogério Miranda, da Inteegra
Rogério Miranda, da Inteegra
“Com o avanço dos eventos presenciais, nossa estratégia foi retomar alguns serviços que tínhamos no passado, principalmente a parte de gestão financeira dos eventos e de app, e, com isso, avançamos em duas questões: ampliar o leque de serviços digitais da Inteegra e horizontar as linhas de negócios das empresas dentro do nosso grupo”, afirma o CEO da Inteegra, Rogério Miranda.

Atualmente, o grupo conta com quatro companhias que atuam em diferentes frentes e atendem às diversas necessidades do setor de eventos. A Inteegra é focada em softwares de eventos presenciais, híbridos e 100% digitais. A Innovation Play atua como produtora de vídeo, fotografia e avatares. Na Flex Interativa, o foco é o metaverso, a gamificação e tudo que envolve realidade aumentada. Por fim, o último anúncio do grupo foi a criação da BeClick, que oferece atendimento e serviços automatizados de RSVP para eventos.

“Dentro desse ecossistema, a ideia é ofertar uma solução 360 graus no que diz respeito ao atendimento, interação e captura de dados dentro do setor de eventos. Temos investido muito na coleta de dados nos encontros e nas interatividades entre os participantes presenciais com os on-line, gerando uma série de ativações. Neste sentido, um ponto importante é a jornada dessa coleta de dados seguindo todos os critérios da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) – desde o momento do RSVP, até o credenciamento”, pontua Miranda.

DADOS E MAIS DADOS
Muito se fala que os dados são o novo petróleo e na indústria de eventos não é diferente. É por isso que a forma como as informações são captadas, geradas e, principalmente, utilizadas é tão importante. O processo de coleta de dados acontece desde a entrada do convidado para dentro do sistema, o credenciamento, as interações dentro do evento até todas as interatividades dentro do app do evento.

Para a indústria farmacêutica, por exemplo, passará a vigorar, de forma nacional, a lei da transparência. Com ela, as empresas deste mercado terão de informar quanto investem por número de CRM (ou seja, médico) dentro de seus eventos. Isso mostra como a coleta de dados – e a gestão dos mesmos – é fundamental.

“A partir do momento que temos soluções de gestão de investimento, conseguimos saber quanto foi investido por participante, passamos a visualizar onde aquele convidado esteve presente... E, no final disso tudo, é possível prover essa informação para os reportes dentro dos órgãos regulamentadores”, explica.

DESAFIOS DO RSVP
O mercado de RSVP costuma possuir uma série de informalidades em seus processos. São temas extremamente delicados que, muitas vezes, são tratados em formatos não tão seguros. Mas, principalmente por conta da LGDP, é preciso focar em métodos que protejam estes dados sensíveis de participantes de eventos, focando no compliance e na segurança.

“Criamos a BeClick com a proposta de trabalhar o humanizado com um time especialista nesse segmento e atuação, mas, ao mesmo tempo, ativando tecnologias que a Inteegra já tinha dentro de seu portfólio. Já agimos fazendo RSVP por WhatsApp, chatbot e outros formatos, de forma segura, e, por meio de APIs, conseguimos extrair a base de convidados, nutrir e, depois, voltar essas informações ao sistema de CRM (Customer Relationship Management) das corporações. É um processo automatizado que trata com segurança essas informações. Nossa estratégia é trazer um olhar humano ao processo de atendimento em eventos, mesmo com a utilização de diversos recursos tecnológicos.”

ATIVAÇÕES NOS EVENTOS
Tanto tempo sem eventos presenciais, agora com a volta é preciso pensar em como entregar a melhor experiência possível para o participante. Conteúdo é, e sempre será, imprescindível, mas, agora com os encontros virtuais e híbridos, as pessoas podem acompanhar de casa. Portanto, as ativações e tudo que o convidado vive no dia do evento (e também no pré e no pós) fazem ainda mais diferença nessa retomada.

“Em um evento presencial temos a questão de produção de conteúdo, experiências sensitivas no que diz respeito à criação de materiais, conseguimos trabalhar a comunicação de forma mais assertiva a partir do momento que as informações são segregadas por perfil de participante, e tudo isso é possível por meio de soluções de coleta de dados e de controle. Nossos focos são sempre dois: a experiência do participante e a gestão do organizador”, diz o CEO da Inteegra.

Quanto às tendências, Rogério Miranda prefere estar atento ao mercado e seguir para onde ele aponta. “Nosso papel e desafio é interpretar as dores e necessidades e oferecer soluções. Não temos a pretensão de mencionar como o setor vai agir. Dentro da jornada, a tecnologia sempre será um fluido para esse caminho. Não importa se será o começo, meio ou final, hoje, existem soluções para tudo isso”, finaliza.

REVISTA PANROTAS
Esta matéria é parte integrante da Revista PANROTAS EDIÇÃO 1.523 – CURAÇAO: DE PORTAS ABERTAS PARA O TURISMO, da seção Espaço Alagev. A versão digital completa pode ser conferida abaixo.


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