Beatrice Teizen   |   07/10/2022 18:53
Atualizada em 07/10/2022 19:11

SAP Concur: tecnologia deve entregar flexibilidade ao viajante

Confira a entrevista com o head de Estratégia de Mercado da SAP Concur, Christopher Juneau

Quais são os desafios que a tecnologia ainda enfrenta no âmbito das viagens corporativas? Ainda há algumas lacunas que os provedores tecnológicos precisam preencher quando se trata de viajantes a negócios? A resposta é sim e, segundo o head de Estratégia de Mercado da SAP Concur, Christopher Juneau, a tecnologia é uma grande aliada para entregar flexibilidade para quem viaja a trabalho.

Confira a entrevista feita com o especialista que serviu como base para a criação do conteúdo do Download, evento realizado em parceria pela Academia de Viagens Corporativas e PANROTAS. A agenda, rica em tendências, insights e questionamentos, foi totalmente criada pelas empresas parceiras da primeira edição do evento por meio destes bate-papos internacionais com profissionais e especialistas.

PANROTAS / Artur Luiz Andrade
Christopher Juneau, da SAP Concur
Christopher Juneau, da SAP Concur
PANROTAS – Como a tecnologia está ajudando a indústria de viagens corporativas a lidar com as mudanças pós-pandemia?

CHRISTOPHER JUNEAU – Acredito que a tecnologia ajuda de duas maneiras. Recentemente dizemos uma pesquisa com quase 4 mil viajantes corporativos em 25 mercados e descobrimos que eles querem flexibilidade. 61% reportaram que eles não estão viajando tanto quanto gostariam, mas que querem flexibilidade quando viajam. Essa é a chave. Então, tecnologia e política de viagens terão de trabalhar em conjunto para entregar essa flexibilidade que o viajante requer neste cenário pós-pandêmico.

PANROTAS – Na sua opinião, quais são os dois pontos que os travel managers e buyers devem focar agora?

CHRISTOPHER – Primeiro devem entender que eles terão provavelmente dois tipos de viajantes e terão de atender às suas expectativas. Tem o viajante que quer viajar e o que talvez queira viajar menos. E pudemos notar isso na nossa pesquisa. Portanto, o gestor terá de entender estes tipos diferentes de viajante. Segundo, deverá prover flexibilidade para que eles se sintam seguros quando viajarem. Para fazer as decisões que querem fazer. E há um terceiro ponto: 94% dos respondentes disseram que estão fazendo diferentes decisões de viagem em relação à sustentabilidade. Acho que sustentabilidade terá de ser um componente de todo programa de viagens e as TMCs, gestores e provedores de tecnologia terão de fazer isso acontecer.

PANROTAS – E a tecnologia pode ajudar nesta questão de sustentabilidade, certo?

CHRISTOPHER – Um dos elementos chave de sustentabilidade é dar aos gestores e aos viajantes as ferramentas para que eles façam escolhas inteligentes baseadas no impacto ambiental de suas viagens. Usar trem em vez de aéreo, fazer uma reunião virtual em vez de pegar um voo... tudo isso deve ser colocado na balança, mas tudo depende também de receber as informações certas, na hora certa, tanto os viajantes, quanto os gestores, para que façam as decisões certas quando se trata de sustentabilidade.

PANROTAS – Qual a sua visão para o negócio e para as viagens corporativas em geral para os próximos três anos?

CHRISTOPHER – Espero que a pandemia esteja para trás. Adoraria ver a sustentabilidade como um elemento de todo programa de viagens. Terceiro é que o que os viajantes realmente querem é que a flexibilidade continue, além de personalização em suas experiências de viagem. Eles esperam que a tecnologia que eles usam fornecidas por suas empresas entreguem o que eles têm em suas vidas pessoais. Que ela saiba seus costumes e hábitos, as companhias que ele voa, os hotéis que se hospeda, que não faça sempre as mesmas perguntas. Que antecipe as suas necessidades. É isso que eu espero que a tecnologia forneça em três anos.

PANROTAS – Quais são as lacunas que a tecnologia precisa consertar que ainda não tenham sido tocadas?

CHRISTOPHER – Conectividade em múltiplas plataformas. Ainda é algo que os provedores de tecnologia precisam continuar trabalhando. Ter essa interação e integração entre diversas plataformas. Segundo, continua sendo a personalização. Entregar a experiência certa para o viajante frequente, quando ele estiver pronto para viajar, essa é a expectativa do viajante e uma das lacunas que a tecnologia tem de superar.

PANROTAS – Qual o maior desafio no seu dia a dia?

CHRISTOPHER – Continuar colaborando com todos os meus funcionários, parceiros e clientes ao redor do mundo, ainda trabalhando em um ambiente remoto. Esse é o maior desafio, a colaboração.

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