Rodrigo Vieira   |   25/11/2022 13:25
Atualizada em 25/11/2022 13:38

Corporativo fatura R$ 1 bilhão em outubro, 4% de queda para 2019

Hotelaria e Aviação puxam resultados para baixo, apesar de outros setores terem apresentado boa alta


Hotelaria e Aviação puxam resultados para baixo, apesar de outros setores terem apresentado boa alta
Hotelaria e Aviação puxam resultados para baixo, apesar de outros setores terem apresentado boa alta
O setor de viagens corporativas encerrou outubro de 2022 com faturamento de R$ 1 bilhão, segundo dados divulgados hoje pela Associação Brasileira de Agência de Viagens Corporativas (Abracorp). O índice está 4% abaixo do mesmo mês em 2019, ano imediatamente pré-pandemia.

Os setores de Hotelaria e Aviação, os dois de maior faturamento na média histórica, foram os principais responsáveis pela queda. O de hospitalidade teve variação negativa de 4,41% e o de serviços aéreos ficou 8,25% abaixo de outubro de 2019.

Divulgação/Abracorp
Tabela enviada pela Abracorp
Tabela enviada pela Abracorp
Dos 11 setores pesquisados pela Abracorp, apenas quatro apresentaram variação positiva no mesmo período comparativo. Os destaques positivos vão para para Locação de Veículos, Transfer e Rodoviário, mas do total dos itens pesquisados pela Abracorp, eles somam apenas 3,86%.

ACUMULADO DO ANO TAMBÉM 4% ABAIXO

No período de janeiro a outubro, o faturamento de 2022 fechou com R$ 9,2 bilhões, ainda 4% abaixo a igual período de 2019, com R$ 9,6 bilhões, segundo a Abracorp.

"HOTELARIA E AVIAÇÃO BEM, APESAR DA QUEDA"

O presidente executivo da Abracorp, Gervásio Tanabe, lembra que mesmo com a queda desses setores em outubro, “os segmentos hoteleiro e de viagens aéreas continuam a mostrar bom desempenho”.

Em relação aos setores com crescimento, Tanabe destaca o crescimento do rodoviário, de 92% e faturamento em outubro de R$ 2,4 milhões, quase dobrando em relação a 2019. “Essa participação, mesmo que ainda pequena, demonstra uma tendência na mobilidade. Alguns trechos estão sendo abastecidos por essas alternativas e é uma tendência que veio para ficar”, diz Tanabe.

TECNOLOGIA CARA
Ainda na visão do presidente executivo, um dos principais desafios no setor é como enfrentar os altos custos impostos pela tecnologia. "A disponibilidade de conteúdos torna-se cada vez mais complexa no cenário da inclusão digital. Se por um lado oferece importantes benefícios como a agilidade e segurança nas transações, por outro, os custos nesse ecossistema são, cada vez mais, crescentes. E o uso intensivo da tecnologia não implica em redução de mão de obra em serviços, como ocorre no setor industrial” conclui Tanabe.

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