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Leonardo Ramos   |   04/06/2018 16:21

Iata divulga novas orientações para privatização de aeroportos

Novo manual de orientação para privatização ou PPP de aeroportos pode ser acessado no site da Iata

Emerson Souza
Aeroporto de Congonhas, que pode ser privatizado em 2018
Aeroporto de Congonhas, que pode ser privatizado em 2018

A Associação Internacional de Transporte Aéreo (Iata), em parceria com a Deloitte, publicou nesta semana um novo material de orientação para governos que consideram parcerias público-privadas (PPP) e outras formas de programas de privatização para infraestrutura aeroportuária.

Chamado Airport Ownership and Regulation, o manual ressalta o papel crítico dos aeroportos dos lados econômico e social. Ele baseia-se, de acordo com comunicado da entidade, nas "melhores práticas do setor e nos resultados da pesquisa sobre a eficácia de diferentes modelos de propriedade e operacionais na perspectiva de uma série de partes interessadas".

O objetivo da regulação, como pontuou o diretor executivo da Iata, Alexandre de Juniac, é "ajudar os governos a melhorar suas decisões fundamentadas usando as melhores práticas obtidas a partir de décadas de experiência com o bem, o mal e o pior das privatizações nos aeroportos."

Divulgação/ Iata
Alexandre de Juniac, CEO da Iata
Alexandre de Juniac, CEO da Iata

Segundo a Iata, a crescente demanda de conectividade aérea tem superado a capacidade da infraestrutura aeroportuária atual, e muitos governos são desafiados a encontrar meios de financiamento efetivos para permitir uma expansão do mercado aéreo - o que muitas vezes significa recorrer a empresas privadas para investir e gerenciar seus aeroportos.

O novo manual de orientações da Iata se baseia em três frentes principais, sendo a primeira delas a "Avaliação das opções para modelos de privatização".

Um espectro amplo de alternativas é possível, variando de propriedade total do governo a formas de corporativização, modelos híbridos (contratos de serviço e gerenciamento, por exemplo); e para aqueles com maior participação privada (vendas de ações, concessões e alienação total). Embora cada uma tenha seus méritos, a Iata ressalta a necessidade de uma análise crítica no processo de avaliação e escolha.

A segunda é a tomada das "Melhores práticas para o processo de privatização" - no caso, ser competitivo e transparente como forma de assegurar o valor da privatização.

Por fim, a "Regulamentação de aeroportos privatizados": de acordo com a entidade, a regulamentação econômica é necessária para evitar o abuso de mercado, assegurar eficiências e garantir a qualidade do serviço. A melhor prática assim indica que os reguladores devem ser centralizados, adequadamente financiados, independentes e com um mandato claramente definido, além de serem endossados pelos governos e definidos pela legislação.

A nova regulamentação pode ser acessada neste link.

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