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Artur Luiz Andrade   |   16/01/2019 20:18

Avianca Brasil quer tranquilizar também o pequeno agente

Vice-presidente da Avianca Brasil quer tranquilizar os players de menor porte do mercado, ao afirmar que não deixará nenhum destino nacional


Artur Luiz Andrade
Alberto Weisser, VP da Avianca Brasil
Alberto Weisser, VP da Avianca Brasil
O vice-presidente de Vendas e Marketing da Avianca Brasil, Alberto Weisser, em entrevista ao Portal PANROTAS, disse que a reestruturação da malha e o anúncio feito hoje visam principalmente tranquilizar os players de menor porte do mercado.

“Estamos em contato direto com os grandes distribuidores, mandamos relatórios diários a eles, mas sabemos que tanto no lazer como no corporativo, precisamos falar também com esses agentes e operadores menores. Então queremos mostrar que não vamos sair de nenhum destino nacional e tranquilizá-los”, disse.

O plano de recuperação da Avianca Brasil será apresentado ao juiz Tiago Limongi em 14 de fevereiro, e deve incluir as formas de pagamento aos credores, além de detalhes da operação doméstica e da demissão de funcionários devido à saída da empresa das rotas internacionais de Miami (iniciada em junho de 2017), Santiago (agosto de 2017) e Nova York (dezembro de 2017). Essas operações serão encerradas em 31 de março de 2019 e os passageiros com viagens posteriores a essa data poderão ser realocados em voos da Avianca Holdings, via Colômbia, ou serem ressarcidos pela empresa.

“Era importante o mercado, o juiz e os credores saberem qual será a Avianca Brasil este ano e esse é o desenho que queremos: 38 aeronaves, 26 destinos atendidos (28 aeroportos no total) e 243 voos por dia”, afirmou Weisser. Com isso, a empresa espera gerar receita para pagar os credores e seguir operando com seus diferenciais no Brasil, incluindo para o mercado de viajantes corporativos. “Em dezembro e janeiro nossos índices de pontualidade, ocupação e regularidade estão quase nos mesmos níveis dos meses anteriores. Estamos operando dentro da normalidade. Ajustes normais serão feitos na malha doméstica, como qualquer empresa faz devido à demanda, mas repito que não sairemos de nenhum de nossos 26 destinos no Brasil”.

O vice-presidente da Avianca Brasil, no cargo desde o final de 2018, disse não ter informações sobre possíveis investimentos na companhia durante o processo de recuperação judicial (sejam eles do Brasil ou do Exterior), sobre o número de demitidos durante esse ajuste da empresa e também quanto tempo levará toda a recuperação.

Ainda faltam algumas negociações com credores e a aprovação final do juiz, mas Weisser está otimista que o plano será aprovado e que a Avianca Brasil manterá esse tamanho projetado em 2019.

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