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Marcos Martins   |   04/10/2018 16:10

Tarifa aérea doméstica reduziu 3,9% no segundo trimestre

Relatório publicado pela Anac faz balanço do período afetado pela greve dos caminhoneiros e alta do dólar

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Alta do dólar e greve dos caminhoneiros influenciaram nos custos
Alta do dólar e greve dos caminhoneiros influenciaram nos custos
O preço médio da tarifa no segundo trimestre do ano foi de R$ 321,78, atualizada pela inflação, de acordo com o relatório Tarifas Aéreas Domésticas, publicado hoje Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). O valor representa uma redução de 3,9% em relação ao mesmo período do ano passado, quando ficou em R$ 334,84.

Este é o quarto ano seguido em que o indicador do segundo trimestre apresenta redução no preço médio. No acumulado do primeiro semestre do ano, o preço médio da tarifa aérea ficou em R$ 342,94, registrando um aumento da ordem de 1,5% em relação ao mesmo período do ano passado, quando a tarifa média fechou em R$ 337,84.

De janeiro a junho deste ano, 8% das passagens aéreas foram comercializadas com tarifas aéreas abaixo de R$ 100 e 55,7% abaixo de R$ 300. As passagens acima de R$ 1,5 mil representaram 0,6% do total.

CUSTOS
A taxa de câmbio do real frente ao dólar no segundo trimestre de 2018 teve alta de 12,1% em relação ao mesmo período do ano passado. A moeda americana tem forte influência nos custos com combustível, arrendamento, manutenção e seguro de aeronaves, que juntos representaram cerca de 48% dos custos e despesas dos serviços aéreos no trimestre.

O querosene de aviação, que representou cerca de 29% dos custos e despesas operacionais dos serviços de transporte aéreo, teve aumento de 34,1% no período. A greve dos caminhoneiros, realizada em maio, afetou também o setor aéreo.

DEMANDA E OFERTA
A demanda por transporte aéreo doméstico, medida em passageiros quilômetros pagos transportados (RPK), apresentou alta de 5,1% no segundo trimestre deste ano em relação ao mesmo período do ano anterior.

Já a oferta doméstica, medida em assentos quilômetros ofertados (ASK), cresceu 6,3% no trimestre frente ao mesmo período de 2017. A taxa de aproveitamento dos assentos das aeronaves em voos domésticos teve oscilação negativa de 1,2% no trimestre, ficando em 78,4%.

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