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Leonardo Ramos   |   06/04/2018 12:55

80% dos acidentes são na aterrissagem; pousos inteligentes podem ser solução

Pousos inteligentes são um dos meios de reduzir isso diz especialista

Leonardo Ramos
Mark Millan (à direita), da Flight Safety Foundation, participou do painel
Mark Millan (à direita), da Flight Safety Foundation, participou do painel "Lendas da Segurança" no evento Safe 2 Go, promovido pela Gol; ao seu lado, Yasuo Ishihara, da Honeywell, e Jim Anderson, da Iata
Enquanto o número de acidentes aéreos continua se aproximando do zero absoluto - sendo 2017 o melhor exemplo, ano em que aconteceram alguns acidentes mas nenhum em voos comerciais -, especialistas continuam batalhando para encontrar uma solução terminativa para o assunto.

O evento Safe 2 Go, promovido pela Gol nesta semana em São Paulo, teve como objetivo se aventurar em debates sobre possíveis soluções - uma delas foi proposta por um dos membros da Flight Safety Foundation, Mark Millan, acerca do momento dos voos que, segundo ele, representa a maioria de todos os acidentes aéreos: a aterrissagem.

"Pesquisas recentes apontam que de todos os acidentes aéreos, 80% aconteceram na aterrissagem. E não é um problema do passado: em 2017, por exemplo, mesmo não tendo nenhuma fatalidade em voos comerciais, dez acidentes aéreos aconteceram em todo o mundo, e deles, cinco foram no momento do pouso da aeronave", lamentou MIllan no evento.

Isso fez com que sua fundação se voltasse para soluções para o que categoriza como principal gap da segurança aérea global. Um dos meios seria a implementação da chamada aterrissagem inteligente (smart landing, em inglês), que por meio de aparelhos permite aterrissagens mais "estáveis", diminuindo o risco de pousos com impacto mais forte ou mais longos - o que, se agravado por outros fatores, pode levar a acidentes.

"Claro que nem todas as empresa conseguem implementar esse sistema... Por isso criamos alguns procedimentos de aterrissagem que seguem o que o smart landing tenta fazer, ajudando os pilotos a realizarem pousos mais leves e mitigando os acidentes causados neste momento", finalizou Mark Millan.

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