Guerra com China pode afetar turismo de bem-estar dos EUA em bilhões
A cada um milhão de chineses que desistir de ir aos EUA, o país deixará de faturar US$ 11 bilhões
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Se por acaso for aprofundada, a guerra comercial travada entre Estados Unidos e China poderá abalar o turismo de bem-estar norte-americano. Segundo o cálculo da Global Wellness Institute, para cada um milhão de turistas chineses que desconsiderarem a terra do Tio Sam como destino, a economia estadunidense pode perder aproximadamente US$ 11 bilhões em receitas do segmento.
O cálculo é baseado no total de visitas chinesas ao país em 2016, que totalizou a presença de três milhões de turistas e uma receita gasta de US$ 33 bilhões. Além disso, segundo o cálculo, esse nicho dos Estados Unidos também renunciaria às receitas dos 50 milhões de novos viajantes chineses dos próximos cinco anos interessados em bem-estar.
Para exemplificar a situação, a Global Wellness Institute explica: os Estados Unidos têm um déficit comercial em relação ao resto do mundo de cerca de US$ 500 bilhões, segundo dados de 2016. Porém, registraram um superávit nos serviços, do qual 33% estão representados por gastos dos turistas estrangeiros. O valor total foi de US$ 293 milhões.
A projeção pode estar próxima da realidade, visto que o Escritório Nacional de Viagens dos Estados Unidos, no dia 7 de abril, decidiu não divulgar novos dados de chegadas internacionais ao país por “problemas técnicos”. Os dados atuais referem-se apenas até setembro de 2017, já demonstrando que as chegadas internacionais caíram 5% em relação ao mesmo período de 2016 e, no acumulado, a queda era de 3,8%.
