Marcos Martins   |   07/03/2019 09:00

Viagens internacionais crescem 5,5% e somam 1,4 bilhão

Indústria de Turismo teve índice de crescimento superior ao da economia global, com destaque para a Ásia, mas a expectativa é menos otimista para 2019


Flickr/Hernán Piñera
Estudo revela preocupações com o excesso de turistas em cidades como Veneza, na Itália, e também os ataques terroristas
Estudo revela preocupações com o excesso de turistas em cidades como Veneza, na Itália, e também os ataques terroristas
Em 2018 o número de viagens de ida e volta cresceu 5,5%, resultando em 1,4 bilhão de viagens internacionais, de acordo com informações da pesquisa anual World Travel Monitor da consultoria IPK International. Dessa maneira, o Turismo é um dos principais impulsionadores do crescimento da economia global, que cresceu 3,7% em comparação. O estudo analisa o comportamento de viagens de saída em mais de 60 países em todo o mundo, cobrindo mais de 90% dessa demanda global.

O crescimento aconteceu em todas as regiões do mundo, incluindo os mercados maduros da Europa e América do Norte, mas os ganhos mais fortes foram na Ásia e América Latina. Neste ano, considerando uma desaceleração da economia mundial, também é esperada uma taxa de crescimento ligeiramente menor para viagens internacionais.

As férias mais uma vez superam as viagens de negócios, enquanto o Mice (reuniões, incentivos, conferências e exposições) segue crescendo. Com os viajantes internacionais ficando um pouco mais de tempo e também gastando mais quando estão no Exterior, o volume de negócios de viagens internacionais aumentou 8%.

DESEMPENHO POR REGIÃO

A Ásia foi a região de origem mais forte no ano passado, com 7% a mais de viagens para o Exterior. A América Latina seguiu com 6%, enquanto houve 5% a mais de viagens na América do Norte e na Europa.
Sobre as regiões de destino, Ásia e Europa foram as vencedoras globais ao receber 6% a mais de viagens internacionais, cada, enquanto as Américas tiveram 3%.

Em relação aos países de destino, uma das maiores mudanças foi a estagnação das viagens para a Espanha em 2018. Por outro lado, destinos que foram evitados pelos turistas no passado estão se recuperando, com destaque para a Turquia com 8,5 milhões a mais de visitantes em comparação com 2017.


OVERTOURISM

Um dos alertas feitos pelo estudo é que o excesso de Turismo poderia se tornar outro problema crescente para a indústria, com cada vez mais viajantes internacionais sentindo o efeito de destinos superlotados.
Pelo segundo ano consecutivo, a IPK mediu a percepção entre viajantes internacionais. Enquanto os residentes nos destinos afetados protestam há anos, os viajantes também se sentem cada vez mais prejudicados pelo ataque de turistas em cidades muito procuradas.

Mais de um décimo dos viajantes internacionais foi negativamente afetado pelo overtourism, um aumento de 30% nos últimos doze meses. As cidades que sofreram bastante foram Pequim, Cidade do México, Veneza e Amsterdã, mas também Istambul e Florença.

Em particular, os viajantes da Ásia se sentiram muito mais afetados pelo excesso de Turismo em comparação com os europeus, por exemplo. Ainda de acordo com as estatísticas, os jovens viajantes são muito mais incomodados pela superlotação do que pelos viajantes de idade mais elevada.

SEGURANÇA

A instabilidade política e as ameaças terroristas influenciam no planejamento de 38% dos viajantes internacionais para 2019. Em termos de tipo de influência que as ameaças terroristas terão no comportamento das viagens, a grande maioria declara que escolherá apenas os destinos que consideram “seguros”. A imagem de segurança da maioria dos destinos melhorou ligeiramente nos últimos meses também para a Turquia, Israel e Egito.


PREVISÕES PARA 2019

Com as previsões do crescimento econômico global desacelerando em 2019, a previsão para viagens internacionais para este ano está ligeiramente abaixo do desempenho de 2018. No geral, a IPK International prevê que as viagens globais de saída aumentem 4% em 2019. Ásia-Pacífico permanece levando uma vantagem esperada de 6%. O crescimento nas Américas está previsto para chegar a 5%, enquanto a Europa deve cair para 3%.

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