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Janize Colaço   |   15/08/2017 19:34

Como protesto, pilotos enviam carta a fundador da Easyjet

O sindicato que representa os funcionários escreveu para o executivo afirmando que o programa de redução de gastos levaria ao cancelamentos de voos e atrasos de pagamentos em até 500 mil euros em salários e pagamentos a fornecedores.

Divulgação EasyJet

Pilotos franceses da Easyjet apelaram ao fundador e maior acionista da companhia, Stelios Haji-Ioannou, para intervir em uma disputa administrativa que prevê cortes nos custos. O sindicato SNPL, que representa os funcionários, escreveu para o executivo protestando que o programa de redução de gastos levaria ao cancelamentos de voos e atrasos de pagamentos em até 500 mil euros em salários e pagamentos a fornecedores.

Além disso, o sindicato destaca, ainda há a preocupação com a segurança da tripulação. “Os pilotos estão sendo convidados exceder os limites de tempo de voo legais e facilitar um programa inatingível em detrimento da segurança de passageiros e tripulação”, afirma a carta direcionada a Stelios, que ainda solicita que ele recupere os valores da empresa.
Divulgação
Stelios Haji-Ioannou, fundador da Easyjet
Stelios Haji-Ioannou, fundador da Easyjet

Ao portal Skift, a companhia afirmou estar surpresa com as queixas recebidas e que busca manter um diálogo contínuo e construtivo com seus funcionários. Ainda segundo ela, os atrasos nos voos foram causados por fatores como espaço aéreo congestionado, condições adversas de clima e controle de tráfego aéreo, além disso, a companhia teria contratado tripulações extras, a fim de atender a demanda. A segurança, segundo ela, em momento algum foi ameaçada.

PROGRAMA LEAN
A disputa acontece no mesmo momento em que a diretora executiva, Carolyn McCall, se prepara para deixar a Easyjet no final do ano e irá assumir o canal televisivo do Reino Unido, a ITV, ainda sem definir um sucessor. O programa Lean, no ano passado, poupou a empresa de US$ 124 milhões em custos de gerenciamento de aeroporto, manutenção e de fornecedores, segundo um relatório anual da aérea.

Já a carta escrita pelo sindicato, em contrapartida, cita um incidente no mês passado em que um trabalhador do aeroporto de Nice, na França, e um passageiro da Easyjet, entraram em um confronto físico após o atraso de um voo.

Até o momento, o fundador da Easyjet não se pronunciou a respeito da carta.


*Fonte: Skift

conteúdo original: http://bit.ly/2uM6EOs

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