Henrique Santiago   |   07/04/2017 10:56

Os altos e baixos da WTM, segundo os visitantes

Profissionais dos mais diversos segmentos apontam o que há de positivo e negativo na WTM

Jhonatan Soares

Depois de três dias, a quinta edição da WTM Latin America e o 47º Encontro Comercial Braztoa chegou ao fim no Expo Center Norte. Organização, horário e localização despontaram como alguns dos principais acertos da organizadora Reed Travel Exhibitions. Mas para uma feira que comporta nove mil pessoas, há sempre o lado negativo. Muito mais do que ressaltar as críticas, os visitantes sugerem melhorias para o evento que se consolida cada vez mais no calendário latino-americano.

Entre visitantes e expositores, sobra a ideia de que o profissionalismo de um evento voltado para negócios é ofuscado pela música alta. A vice-presidente da Pegasus Transportation, Cláudia Menezes, pensa dessa forma. Ainda que destaque as reuniões e os negócios fechados, ela acredita que o som em estandes atrapalha as conversas. “É tão difícil conseguir esse clima de negócios no Brasil. Essas experiências são válidas, mas poderiam acontecer em áreas específicas ou fora dos pavilhões.”

Essa demanda, aliás, está no topo das reclamações. O diretor da feira, Lawrence Reinisch, ouviu de expositores a mesma conversa. Segundo ele, o ideal é que música e danças sejam executadas após as 19h, algo projetado, porém não executado nessa edição.

Por outro lado, os elogios partem de potenciais expositores que participaram dessa edição como visitantes. É o caso do vice-presidente da Ancoradouro, Cassio Oliveira. “O que me trouxe de novo foi a possibilidade de clientes estrangeiros. Gostaria que pudesse encontrar mais buyers”, disse. “O horário da feira é esse, é ideal para fugir de trânsito e rodízio”, completou o executivo.

Jhonatan Soares
Estande da PANROTAS foi bem frequentado nos três dias de evento
Estande da PANROTAS foi bem frequentado nos três dias de evento
Os agentes de viagens veem a necessidade de avanços para 2017. O trade, que comparece cada vez mais à WTM Latin America, tem vontade de se inserir na atmosfera do evento. Kelly Dias, da Nannytur, veio de Campinas (SP) para a capital e se surpreendeu positivamente com os produtos oferecidos. Mas ela sugere, por exemplo, que os estandes poderiam ter indicações dos segmentos trabalhados. “É meio incômodo perguntar de estande por estande o que cada um oferece.”

Presente apenas no último dia da feira, o agente Joverte Rolando Filho, da Viagens Rolando, criticou o que viu este ano, sobretudo por ter encontrado pouco material de divulgação de operadoras nacionais. “O negócio aqui está bravo, está ruim. Vou voltar para casa decepcionado”, disse o profissional de Ribeirão Preto (SP).

O estreante na feira, aliás, nem tão novo assim, é só elogios à organização da Reed. O diretor da R11 Travel, Ricardo Amaral, conhecido pelos anos de Royal Caribbean, afirmou que o estande da empresa esteve lotado nos três dias. “O feedback da nossa equipe é que o segundo dia foi ainda melhor. A infraestrutura daqui é excelente: estandes, alimentação e estacionamento estão de parabéns”, finalizou.

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