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Ana Luiza Tieghi   |   04/04/2017 16:23

Três tendências que vão pautar o turismo latino-americano

A Euromonitor, empresa de pesquisa estratégica de mercado, apresentou na WTM três tendências que considera cruciais para o mercado de turismo na América Latina.

Jhonatan Soares
Marilia Borges, da Euromonitor, apresenta tendências do Turismo na WTM
Marilia Borges, da Euromonitor, apresenta tendências do Turismo na WTM

A Euromonitor, empresa de pesquisa estratégica de mercado, apresentou na WTM três tendências que considera cruciais para o Turismo na América Latina.

Em primeiro lugar estão os viajantes com mais de 50 anos e sua participação crescente no mercado. Pessoas com mais de 50 anos já são 26% da população mundial. Entre 2010 e 2020, o número de turistas latino-americanos com mais de 50 anos vai crescer 40%, chegando a quase 90 milhões. No ano de 2020, 28% dos turistas latino-americanos terão mais de 50 anos.

A analista da Euromonitor, Marília Borges, destacou que os governos de países da região estão adotando medidas para facilitar o acesso das pessoas mais velhas ao Turismo, destacando uma cartilha publicada pelo Ministério do Turismo, no Brasil, e uma campanha na Argentina que deu descontos para que maiores de 50 anos aproveitassem o turismo doméstico.

“Turistas mais velhos têm mais tempo livre e recursos para viajar mais de uma vez ao ano”, afirmou a analista. “Eles são uma oportunidade de turbinar o turismo doméstico durante a baixa temporada, pois preferem viajar nesse momento para aproveitar os preços e fugir de aglomerações.”

Outra tendência apresentada pela Euromonitor são os profissionais autônomos e empreendedores que viajam. Segundo dados da empresa, entre 2010 e 2016, 7,4 milhões de pessoas viraram profissionais autônomos ou empregadores só na América Latina.

Ser seu próprio chefe traz instabilidade financeira, mas também aumenta o desejo por personalização. Um reflexo disso é o aumento do uso de plataformas como o Airbnb na hora de se hospedar em viagens à negócio.

A empresa vê os problemas econômicos que alguns países da América Latina estão enfrentando como uma oportunidade para o Turismo absorver a mão de obra que ficou desempregada, principalmente em soluções da economia colaborativa.

A última tendência apresentada foi o empoderamento feminino. As mulheres estão mais independentes e não deixam de viajar caso não haja companhia. Só no Brasil, uma em cada oito mulheres com intenção de viajar no primeiro semestre deste ano, fará isso sozinha. São cerca de 3 milhões de mulheres em viagens solo.

Para elas, segurança é uma questão prioritária. “É comum que as mulheres busquem muitas avaliações dos hotéis, Airbnbs e hostels que vão ficar, e até mesmo de quão seguro é o entorno da região da hospedagem”, contou Marília.

A consultoria também percebeu um aumento no número de blogs, páginas em redes sociais e sites feitos por mulheres viajantes, além de serviços especializados nesse público, como a agência Mulheres Pelo Mundo, que conecta mulheres sozinhas que desejam uma companhia feminina para viajar.

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