Felippe Constancio   |   01/12/2016 10:00

O novo papel do gestor de viagens no Travel Management 2.0

Ao gestor, política de viagens passará por mudanças, em direção a um perfil menos "mandatório"


Hartwig HKD/Flickr

Você já ouviu falar em Travel Management 2.0? Nomenclatura usada por especialistas em viagens corporativas para se referirem a uma nova geração de gestão de viagens, o termo é usado por experts do segmento desde pelo menos 2008 para previsões sobre o mercado futuro. Hoje, conforme jovens da geração Y, entre 18 e 34 anos, chegam ao mercado de trabalho e os dispositivos móveis se tornam cada vez mais "um apêndice do corpo humano", a constatação é de mudança no comportamento do viajante, que por sua vez influencia nas políticas de viagem e, naturalmente, no papel do gestor.

Para 2020, a previsão é de que as mudanças e novas regras do jogo no mercado de viagens corporativas fiquem mais nítidas, conforme as tecnologias móveis e redes sociais influenciam programas de viagem. Assim, um novo papel do gestor de viagens é esperado.

Para ele, a política de viagens passará por mudanças, em direção a um perfil menos "mandatório", mas que auxiliará mais na tarefa de assegurar que viajantes estejam cientes sobre seus direitos e deveres - o que deve guiar o nível de adesão às políticas de viagem, conforme alerta a Academia de Viagens no editorial de seu último White Papers, publicação voltada a gestores.

"Os experts dizem ainda que as políticas atuais não suportarão essas mudanças de comportamento e que ao invés de controlar que não cumpre ou não a política, os gestores deveriam desconstruir as regras que dizem onde e como reservar e reavaliar o perfil dos viajantes."

Vice-presidente de Vendas e Marketing da empresa de transporte terrestre norte-americana Dav El, Lenore Danzieri frisa que os desafios dos gestores nos próximos anos serão praticamente os mesmos dos de hoje. Contudo, pode haver um agravamento nos vazamentos e aderência às políticas de viagem por parte de viajantes de determinadas empresas por conta da praticidade dos aplicativos, geralmente fora do sistema ou ferramentas das empresas.

"O resultado tem sido uma queda inédita de 55% na adoção da política, mas a geração Y não é a única buscando novas formas de reservar."

Para a Academia, todos os envolvidos na gestão das viagens a negócios, seja TMC ou fornecedor, devem se atentar para uma análise diferenciada de dados (metas, indicadores de desempenho), para as inovações que chegam ao mercado e foco no viajante.

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