EUA: despacho de bagagens smart é banido; conheça-as

As bagagens inteligentes (Smart Baggage, em inglês), ou penas "bagagens-robô", são malas que se movem por conta própria em aeroportos, seguindo seu dono em todo o seu percurso. Alimentada por uma bateria, a novidade permite que o passageiro pareie seu smartphone com o sistema da bagagem, fazendo com que ela te siga onde quer que você vá (confira no vídeo).

Suas funcionalidades, porém, não param por aí. Rastreável por GPS, a mala inteligente conta com sensores que impedem que ela se choque com objetos ou transeuntes no caminho, mesmo em aeroportos lotados; além disso, ela pode carregar aparelhos eletrônicos e celulares, possui uma balança que impede que seu peso passe do limite aceito pelas aéreas sem que o passageiro saiba, e ainda só pode ser aberta com a sua impressão digital.

É possível ainda colocar outras bolsas menores encima dela, tornando-a uma espécie de "mini-carrinho de bagagem".

Veja seu funcionamento passo a passo no vídeo abaixo:


AÉREAS DOS EUA PROÍBEM DESPACHO
Um impasse para o uso das bagagens smart em viagens aéreas surgiu, porém, entre companhias estadunidenses. Com o crescimento do número das bagagens smart rodando por aeroportos - somente a marca Bluesmart, uma das que vendem o produto, já comercializou 65 mil malas do tipo - algumas empresas dos EUA anunciaram que proibirão o seu despacho devido a um risco detectado em suas baterias de lítio.
Uma delas é a American Airlines, que emitiram um comunicado afirmando que tais baterias "representam um risco quando são colocadas no compartimento de carga de uma aeronave".

Assim, a partir de janeiro de 2018, os clientes que viajarem na American com uma das bagagens inteligentes "terão que remover a sua bateria caso ela tenha que ser despachada", afirmou a companhia. "Se a bateria não puder ser removida, a mala não será permitida".

Segundo a Forbes, a Delta e a Alaska Airlines anunciaram políticas similares.

O problema, de acordo com o site Business Traveller, é que a maioria das bagagens inteligentes não possuem baterias removíveis. Além disso, a própria Administração Federal de Aviação (FAA) norte-americana já proíbe baterias de lítio nas bagagens despachadas; ou seja, os passageiros provavelmente precisarão, obrigatoriamente, carregar as Smart Baggage consigo como bagagem de mão em seus voos.

EMPRESAS RESPONDEM
A Bluesmart emitiu um comunicado em resposta as novas políticas das aéreas, afirmando que seus produtos estão de acordo com os regulamentos federais; a empresa revelou ainda que fará reuniões com as principais companhias aéreas para isentar suas bagagens inteligentes da proibição, antes que elas entrem em vigor.

"Estamos tristes com essas mudanças no regulamento de algumas aéreas, e sentimos que é não só um passo para trás para a tecnologia de viagens, mas também que representa um obstáculo para melhorarmos a forma como todos nós viajamos", afirmou a empresa.

DEFINIÇÃO DE BAGAGEM SMART
Embora muitas já tenham a capacidade de te seguir pelo aeroporto, o conceito Smart Baggage, segundo a Associação Internacional de Transporte Aéreo (Iata), inclui as malas que contém algum dos seguintes itens:

• Uma bateria e um motor de lítio-íon que permite que ela seja usada como um dispositivo de transporte pessoal, seja em pé ou deitada
• Bateria de lítio-íon que permite o carregamento de outros dispositivos eletrônicos, como celulares, tablets e laptops
• Dispositivos de rastreamento GPS com ou sem capacidade GSM
• Bluetooth, RFID e Wi-Fi
• Etiquetas de bagagem eletrônicas
• Fechadura eletrônica
• Bateria de lítio-íon, motor e dispositivo de rastreamento (GPS)