Karina Cedeño   |   20/06/2018 08:00

Extravio de bagagem caiu 70% desde 2007, revela estudo

As bagagens extraviadas custaram à indústria cerca de US$ 2,3 bilhões em 2017


Hernán Piñera/Flickr
As companhias aéreas de todo o mundo melhoraram a taxa de entrega de bagagem, de acordo com relatório divulgado hoje pela Sita. A melhora vem se mostrando constante na última década e o estudo revela uma queda de 70% no extravio de bagagem desde 2007.

A pesquisa também detalha como a administração da bagagem está mudando a nível mundial e os passageiros podem esperar mudanças importantes nos próximos anos. Serviços como notificações de bagagem em tempo real e o rápido despacho de bagagem por meio de terminais de autoatendimento serão cada vez mais comuns.

“Durante a última década, observamos melhoras significativas no manejo de bagagem, à medida que as companhias aéreas se beneficiam de novas tecnologias. Agora, com a resolução 753 da Iata, a adoção desse tipo de tecnologia aumentará ainda mais”, destaca o VP da Sita para a América Latina, Elbson Quadros.

Tal resolução define que, a partir deste mês, as companhias aéreas que representam 83% do tráfego aéreo global serão obrigadas a acompanhar cada bagagem e compartilhar essas informações de rastreamento com todos os envolvidos em entregar essas bagagens aos passageiros no destino.

Enquanto as companhias aéreas estão se preparando para a Resolução 753, haverá um rápido aumento das que planejam fornecer informações de rastreamento de bagagens a seus passageiros e funcionários. Pelo menos sete em cada dez empresas aéreas esperam fornecer esses serviços até 2020, e a Resolução 753 também está incentivando serviços móveis para bagagens com manuseio inadequado, com até oito em cada dez companhias aéreas implementando ou querendo implementar relatórios e comunicações sobre extravio de bagagens.

Um dos exemplos é a Delta Air Lines, que em fevereiro deste ano lançou etiquetas de RFID para bagagens despachadas em suas rotas entre os Estados Unidos e o aeroporto de Heathrow, em Londres. Os scanners usam ondas de rádio para captar dados altamente precisos e consistentes armazenados no chip de RFID.

A companhia aérea investiu mais de US$ 50 milhões nessa tecnologia para garantir o encaminhamento e o carregamento precisos dos 180 milhões de bagagens com os quais ela lida anualmente. Todos os 344 aeroportos da Delta em todo o mundo estão programados para receber o novo sistema, com outros terminais europeus, em Amsterdã e Paris, agendados para a disponibilizarem nos próximos meses.

“Após a implementação bem-sucedida nos EUA, estamos no rumo certo para equipar todas as nossas estações internacionais, incluindo Heathrow, com essa tecnologia como parte de nossos esforços contínuos de melhorar a experiência de nossos clientes”, salientou o vice-presidente sênior da Delta para Europa, Oriente Médio, África e Índia, Corneel Koster.

Embora o aumento no número de passageiros de 2017 tenha exercido uma pressão considerável sobre sistemas e processos de bagagens do setor, dados do sistema global de rastreio World Tracer, da Sita, revelam que o índice de extravio de bagagens aumentou 2,8% no ano passado, com 5,5 bagagens extraviadas por mil passageiros, em comparação com as 5,7 em 2016. Essas bagagens extraviadas custaram ao setor aproximadamente US$ 2,3 bilhões em 2017.

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