Marcos Martins   |   29/11/2018 14:48

Latam retoma crescimento e estuda aumentar voos a Lisboa

CEO da Latam Brasil, Jerome Cadier, afirmou que as companhias aéreas de baixo custo devem ter as mesas condições de mercado que as empresas brasileiras

Marcos Martins
CEO da Latam Brasil, Jerome Cadier
CEO da Latam Brasil, Jerome Cadier
A Latam Airlines Brasil passou por uma retomada do crescimento em vários setores neste ano e observa 2019 com mais otimismo, de acordo com o CEO da companhia aérea, Jerome Cadier. Fatores como a greve dos caminhoneiros, subida do dólar e o preço do combustível foram alguns desafios para a empresa no mercado brasileiro.

“Até o primeiro trimestre de 2018, seguimos uma sequência de dez trimestres de encolhimento no Brasil em redução de malha e quantidade de aeronaves, buscando uma otimização. A demanda caiu nos últimos dois anos no País, então acompanhamos essa racionalização, mas já quebramos a tendência”, explica Cadier.

Em 2018, os principais investimentos da empresa tiveram foco na renovação de aeronaves, que custará US$ 400 milhões, gestão de bagagens, unificação dos sistemas de reservas, wi-fi a bordo e novo hangar de manutenção em Guarulhos (SP). Além disso, o Latam Fidelidade acaba de criar a Gold Plus, nova categoria entre os níveis Gold e Platinum, que passa a vigorar em 2019.

Em relação ao retorno do crescimento de malha, o executivo fez um balanço sobre as novas rotas. “Voltamos a apostar novamente no crescimento do mercado brasileiro, tanto no doméstico quanto no internacional, com 27 novas rotas. Além de destinos importantes como Las Vegas e Boston, finalmente temos um voo para Lisboa, já que sempre fomos questionados por não ter esse voo.”

A expectativa da companhia é aumentar o número de frequências para Lisboa, hoje cinco por semana, algo que dependerá também da capacidade do aeroporto, já que a rota está com "bom desempenho" de vendas. A Latam acaba de anunciar também o início da frequência de São Paulo a Munique, na Alemanha, que começará em junho de 2019.

“Agora em dezembro começamos a voar para Tel Aviv, em Israel, que é muito interessante. Além da demanda brasileira, a rota acumulará também argentinos e chilenos que vão se conectar em Guarulhos. Este será o voo mais longo da Latam e, no sentido de volta, tem praticamente 15 horas de duração."


LOW COSTS

Ao ser questionado sobre a concorrência com as companhias de baixo custo que estão chegando ao Brasil, como a Sky Airline e a Norwegian, o CEO argumenta que concorrência é importante, mas essas empresas devem ter as mesmas condições de mercado que as companhias brasileiras.

“É mais fácil uma companhia estrangeira voar ao Brasil do que o contrário. Este é um contrassenso absoluto e espero que possamos enxergar isso, senão o que vai acontecer é um mercado doméstico dominado por companhias brasileiras e nenhuma delas crescendo além desse mercado”, ressalta.

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