Rodrigo Vieira   |   02/08/2023 20:58

Latam reduz 30% da oferta em Santos Dumont e transfere parte ao Galeão

Empresa espera anúncio do governo fluminense sobre o ICMS para poder ampliar capacidade em GIG


PANROTAS / Emerson Souza
Jerome Cadier, CEO da Latam Airlines Brasil
Jerome Cadier, CEO da Latam Airlines Brasil

A Latam reduz em 30% seu volume de voos no aeroporto de Santos Dumont, no Rio de Janeiro, no segundo semestre deste ano. O corte na oferta se deve à determinação do governo federal de manter no terminal apenas voos de e para Congonhas (São Paulo) e Brasília.

Por conta desta nova regra, que deve vigorar a partir de outubro, a companhia aérea transferiu alguns dos serviços ao Galeão, e o aeroporto na Ilha do Governador deve ganhar ainda mais voos, a depender das resoluções ainda pendentes do governo estadual do Rio de Janeiro no que concerne ao ICMS do combustível de aviação. As ponderações são do CEO da Latam Brasil, Jerome Cadier.

Devido às restrições em Santos Dumont, os voos publicados para o segundo semestre já são reduzidos em 30% do que tínhamos originalmente. Colocamos mais capacidade no Galeão, mas ainda temos de olhar para as restrições do ICMS, ainda pendentes no Estado, para colocar mais capacidade neste outro aeroporto

Jerome Cadier, CEO da Latam Airlines Brasil


"Já adicionamos capacidade ao Galeão, que agora conta com mais de 150 voos semanais da Latam, e esperamos aumentar a oferta a partir do momento que tivermos clareza na estratégia do governo fluminense. A expectativa é colocar no Galeão grande parte ou até mesmo a totalidade do que tiramos de Santos Dumont", continua o CEO.

Durante apresentação dos resultados trimestrais da Latam, Cadier comemorou não só o lucro obtido pela companhia aérea no período, mas também o fato de a administradora aeroportuária Changi ter sido autorizada pelo TCU a manter concessão do Galeão. "Fico feliz. É importante ter um operador confiável para oferecer aos cariocas alternativas nos dois terminais", aponta ele.

Congonhas e Guarulhos para a Latam Airlines

Além de Santos Dumont, Cadier aponta que os outros dois principais aeroportos brasileiros, Congonhas e Guarulhos, também terão restrições no aumento da oferta em curto prazo.

"Congonhas passará por reforma em seu terminal em algum momento até 2026. Aí sim pode ser considerado um aumento de slots, mas ainda é cedo para saber quanto e como. Em Guarulhos, há possibilidade pontual de alguns aumentos à medida em que se melhora distribuição de trânsito terrestre, com alguma construção de saídas rápidas na pista. Há também o planejamento da construção de um terminal internacional, que se chamaria T3B. Isso, sim, daria aumento de capacidade, mas ainda não quantificado", conclui Cadier.

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