Beatriz Contelli   |   13/10/2023 11:10

Boeing, Nasa e United firmam parceria para testar benefícios do SAF

Objetivo é analisar como o combustível sustentável pode reduzir o aquecimento atmosférico


Divulgação/Boeing
ecoDemonstrator Explorer
ecoDemonstrator Explorer

Em uma colaboração para fortalecer a sustentabilidade na aviação, a Boeing, em parceria com a Nasa e a United Airlines, realizará testes em voos para avaliar como o combustível sustentável de aviação (SAF) pode afetar os rastros de condensação e as emissões não relacionadas a carbono, além de reduzir o impacto climático do ciclo de vida do combustível.

O segundo ecoDemonstrator Explorer da Boeing, um 737-10 e de propriedade da United Airlines, voará com 100% de SAF e combustível de aviação convencional em tanques separados, alternando os combustíveis durante os testes.

A aeronave será seguida pelo DC-8 Airborne Science Lab da Nasa, que medirá as emissões produzidas por cada tipo de combustível e partículas de gelo das trilhas de condensação. Como parte dos testes, satélites da Nasa também vão captar imagens da formação de rastros.

O objetivo dos pesquisadores é entender como os combustíveis avançados, os projetos de combustão do motor e outras tecnologias podem reduzir o aquecimento atmosférico. Por exemplo, os testes vão avaliar como o SAF afeta as características dos rastros de condensação persistentes produzidos quando as aeronaves voam no ar frio e úmido. Embora o seu impacto total ainda não seja compreendido, algumas pesquisas sugerem que certos rastros podem reter calor na atmosfera.

O projeto constitui a fase mais recente de uma parceria de longo prazo entre a Boeing e a Nasa para analisar como o SAF pode reduzir as emissões e permitir outros benefícios ambientais. Comparado ao combustível de aviação convencional, o SAF – fabricado a partir de uma série de matérias-primas obtidas de forma sustentável – pode reduzir as emissões em até 85% ao longo do ciclo de vida do combustível e oferece o maior potencial para reduzir o CO2 da aviação nos próximos 30 anos. O SAF também produz menos fuligem, o que pode melhorar a qualidade do ar próximo a aeroportos.

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