Karina Cedeño   |   31/08/2023 10:35
Atualizada em 31/08/2023 10:47

China deixa de exigir teste de covid-19 a viajantes internacionais

Medida representa um marco em sua reabertura para o resto do mundo após isolamento de três anos


Unsplash/Mafid Majnun
Pequim pôs fim à sua dura política interna de “zero covid” apenas em dezembro
Pequim pôs fim à sua dura política interna de “zero covid” apenas em dezembro

A China deixou de exigir teste de covid-19 com resultado negativo para os viajantes internacionais, o que representa um marco em sua reabertura para o resto do mundo após um isolamento de três anos que começou com o fechamento das fronteiras do país em março de 2020. A nova medida foi anunciada na segunda-feira (28) e entrou em vigor ontem (30).

Em janeiro, a China pôs fim aos requisitos de quarentena para os seus próprios cidadãos que viajam do estrangeiro e, nos últimos meses, expandiu gradualmente a lista de países para os quais os chineses podem viajar e aumentou o número de voos internacionais.

Fim do isolamento

Pequim pôs fim à sua política interna de “zero covid” apenas em dezembro, após anos de restrições, que por vezes incluíram confinamentos em toda a cidade e longas quarentenas para pessoas infectadas. Como parte dessas medidas, os viajantes que chegavam eram obrigados a se isolar durante semanas em hotéis designados pelo governo. Em alguns casos, os residentes foram trancados à força em suas casas na tentativa de impedir a propagação do vírus.

Protestos nas principais cidades, incluindo Pequim, Xangai, Guangzhou e Nanjing, eclodiram em novembro por causa de todas essas restrições. No início de dezembro, as autoridades eliminaram abruptamente a maioria dos controles de covid, dando início a uma onda de infecções que sobrecarregou hospitais.

Durante os anos de “covid zero”, as autoridades locais impuseram ocasionalmente bloqueios instantâneos na tentativa de isolar infecções, prendendo as pessoas dentro de escritórios e apartamentos. De abril a junho do ano passado, a cidade de Xangai isolou os seus 25 milhões de residentes em um dos maiores confinamentos em massa do mundo relacionados com a pandemia. Os residentes eram obrigados a realizar testes PCR frequentes e dependiam do abastecimento alimentar do governo, muitas vezes descrito como insuficiente.

Ao longo da pandemia, Pequim elogiou a sua política de “covid zero” – e o número inicial relativamente baixo de infecções – como um exemplo da superioridade do sistema político da China sobre o das democracias ocidentais. Desde que suspendeu as restrições impostas pela covid, o governo tem enfrentado uma recuperação econômica lenta. As restrições, juntamente com fricções diplomáticas com os Estados Unidos, o Canadá e outras democracias ocidentais, levaram algumas empresas estrangeiras a reduzir os seus investimentos na China.

Com informações do site The Travel Industry Today.

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