Da Redação   |   17/04/2023 11:28
Atualizada em 17/04/2023 11:44

Governo brasileiro volta da China com R$ 50 bilhões em negociações

BNDES deve receber R$ 6,5 bilhões do Banco de Desenvolvimento Chinês


Ricardo Stuckert/Presidência da República
Xi Jinping, o líder chinês, e o presidente Lula
Xi Jinping, o líder chinês, e o presidente Lula

De volta ao Brasil após a viagem à China, com passagem pelos Emirados Árabes Unidos no retorno, a comitiva que acompanhou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva comemorou os resultados alcançados, especialmente nos temas comerciais e político. Na China, os acordos negociados somaram R$ 50 bilhões mas, segundo o presidente, abrem “a possibilidade de novos acordos, não apenas do ponto de vista comercial, mas do ponto de vista cultural, digital, educacional”, disse ontem, em entrevista coletiva, em Abu Dhabi.

Os termos assinados entre Brasil e China incluem acordos de cooperação espacial, em pesquisa e inovação, economia digital e combate à fome, intercâmbio de conteúdos de comunicação entre os dois países e facilitação de comércio. Também foi acertado empréstimo do Banco de Desenvolvimento Chinês para o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Segundo o presidente do banco brasileiro, Aloizio Mercadante, que integrou a comitiva do presidente, o banco deve receber R$ 6,5 bilhões da China em duas operações. Os recursos devem financiar projetos no Brasil nas áreas de infraestrutura, transição ecológica, energia limpa e industrialização.

“É uma parceria muito importante, melhora bastante as nossas condições de financiamento e mostra que nós temos relação histórica muito profunda”, disse o presidente do BNDES. “No passado, o BNDES tinha financiado gasodutos e agora retomamos essa relação imediatamente com esse empréstimo de R$ 6,5 bilhões”, destacou.


Transações sem dólar

No evento que empossou Dilma Rousseff no comando do Banco dos Brics, o presidente Lula fez críticas ao modelo tradicional de financiamento das instituições financeiras internacionais e à conduta do FMI no que chamou de “asfixiamento de economias”. Ele criticou ainda a adoção do dólar como moeda em todos os acordos, defendendo o uso de uma moeda única dos Brics, destacando o papel do novo banco como instrumento de combates às desigualdades.


*Fonte: Agência Brasil

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